Bolsonaro diz que haveria gasto no cartão corporativo se ele fosse à Bahia

By | 31/12/2021 7:22 am

“Se eu vou, criticam. Se eu não vou, criticam”, disse, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Ele acrescentou que tem “interagido” com o governo baiano desde que os temporais

(Correio Braziliense, postado em 31/12/2021, seguido de comentário nosso)
O presidente Jair Bolsonaro voltou a tentar justificar, ontem, sua ausência na Bahia. Segundo ele, haveria gasto do cartão corporativo caso ele fosse sobrevoar as regiões atingidas pelas enchentes.

O presidente também voltou a comentar o motivo de ter recusado a ajuda humanitária oferecida pela Argentina às vítimas das chuvas nas cidades baianas. “Que ajuda é essa? Dez homens”, desdenhou. Segundo Bolsonaro, o Brasil tem gente suficiente para auxiliar na emergência causada pelas chuvas.

Bolsonaro disse que aceitou a ajuda oferecida pelo Japão à Bahia, apesar de negar o apoio da Argentina, porque o governo japonês enviou materiais como barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água. “Se a Argentina tiver outra coisa para oferecer, eu agradeço ao Alberto Fernández”, disse.

Mais cedo, porém, Bolsonaro usou em sua conta no Twitter um tom menos agressivo em relação ao oferecimento do país vizinho. “O fraterno oferecimento argentino, porém muito caro para o Brasil, ocorre quando as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, já estavam prestando aquele tipo de assistência à população afetada”, justificou-se.

Erro

Para o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos Rubens Barbosa, o governo federal errou ao não aceitar o apoio humanitário oferecido pela Argentina. “Não faz nenhum sentido. Ajuda não se recusa, se agradece. Foi um ato simbólico que deveria ser recebido como gesto de amizade, não de provocação”, disse.

Segundo Barbosa, o Itamaraty perdeu uma oportunidade de reaproximação diplomática com a Argentina, cuja relação com o Brasil tem sido minada pelas rusgas ideológicas entre Bolsonaro e Alberto Fernández. “Deveríamos ter aceitado principalmente pela separação que existe hoje entre os presidentes, que não se falam. Seriam poucas pessoas (enviadas pela Argentina). Não resolveria o problema, mas serviria para aproximar os países, que não têm tido uma relação boa nos últimos anos”, analisou.

Nossa opinião
Bolsonaro diz que não foi à Bahia para não gastar dinheiro e ninguém viesse a criticá-lo por isso. Como se ele não estivesse para cima e para baixo fazendo campanha política, às nossas custas.  (LGLM)

Comentário

Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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