(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, divulgado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM)
Alguns estranharam, quando em comentário feito a semana passada, dissemos que Patos tinha dois candidatos certos a deputado estadual.
Não quis com isto desmerecer as demais pré-candidaturas que têm surgido por aí.
O xis da questão é que algumas pré-candidaturas têm consistência, enquanto outras são mero balões de ensaio. Um fenômeno comum em muitas eleições, pré-candidaturas lançadas para um acordo posterior de desistência e apoio a outro concorrente, talvez aumente agora, quando vai ser farta a distribuição do dinheiro dos fundos partidário e eleitoral. E tem muita gente de olho nos fundos.
Um pré-candidato de um partido com fundo partidário mais gordo, pode se interessar em atrair um pré-candidato de um partido nanico, para trabalhar para ele em troca de uma ajuda melhor do que receberia do “fundinho” do seu partido. Por isso, as desistências podem ser mais frequentes do que em eleições anteriores.
Mas Patos, já tem, talvez, mais de dez pré-candidaturas lançadas só para deputado estadual. Quantas prevalecerão, só o futuro dirá.
De oitiva, vejamos algumas. Chica Motta, Ramonilson, Zé Gonçalves, Gustavo Wanderley, Antônio Mineral, Almir Mineral, Josmá Oliveira, Ilmara Morais, Cicinho Lima e um dos Umbertos.
Na última eleição, segundo Genival Júnior, havia sete candidatos de Patos e, assim mesmo, ainda votamos em 230 candidatos de fora.
Para deputado federal a lista ainda está magra. Hugo Motta, Lenildo Morais e Jamerson Ferreira.
Não me cobrem, por enquanto, os partidos pelos quais uns e outros serão candidatos. Com a janela partidária e a federação partidária, muitos irão para novos partidos ou federações e só mais adiante é que teremos certeza de em que legenda cada um estará.
A existência de muitas candidaturas da região é boa por um lado, por que atende a uma tradição antiga da grande Patos, de dar preferência aos candidatos da região. Isto evita que alguns terminem votando em candidatos de fora.
Por outro lado, isto pode ser ruim pois divide muito o eleitorado local, podendo prejudicar aqueles que têm mais chance de se eleger.
Para o bem da região, o que temos que fazer é verificar quais são os bons candidatos que se apresentam, com base na sua capacidade de exercer a atividade parlamentar e votar naqueles que têm mais condições de se eleger, ou que têm mais condições de eleger o candidato do partido que você achar que mais merece eleger representantes.
Neste caso, você até abriria mão de eleger um candidato da região, desde que para isso privilegiasse a eleição de um candidato do seu partido. Embora, para isso, votar no partido já seja suficiente para ajudar numa boa escolha.
O importante é que você sempre tente escolher os melhores candidatos ou no mínimo o partido que tem os melhores candidatos, um dia, quando os partidos voltarem a ter coerência ideológica.
Daqui para diante; sempre voltaremos ao assunto, pois temos importantes escolhas a fazer neste ano de 2022. Ou escolhemos bem ou o Brasil continuará cantando a cantiga da perua: “de pió a pió”.