Em contato com a reportagem do Patosonline.com, na tarde desta sexta-feira (14), o presidente da Ong Abolição Militar, Silvano Morais reafirmou a informação de que os Policiais e Bombeiros Militares a Paraíba não aceitaram a proposta do governador João Azevedo (Cidadania) contra a manifestação legal que está sendo realizada pelos oficiais em todo o estado por direitos trabalhista e fim de projeto que prejudica toda a categoria da segurança pública.
Silvano Morais disse que viu em vários sites que os militares haviam aceitado uma proposta oferecida pelo governador, mas ele negou a informação e confirmou que os agentes seguem em manifestação pelos seguintes direitos que estão sendo negados e retirados da categoria.
Os oficiais querem subsídios, risco de vida, paridade, integralidade, plano de cargos e carreira e remuneração. Mas os oficiais não aceitaram a proposta.
Segundo Silvano, a PM-PB tem dez entidades de luta por direitos, mas o governador só recebe cinco delas para conversar. Ele não recebe a ONG Abolição Militar, o Clube Militar, a AMEP e outras.
“Toda a multidão que estava na assembleia votou contra a nova proposta do governo. Apenas dois votos foram positivos. Então eu estou usando este espaço para lamentar que uma instituição o policial militar esteja sendo assassinado e sequestrado. A cidade de Patos está a Ilha do Terror. Não é greve, mas a polícia precisa de mais de 12 mil homens, mas os policiais não querem mais. Todo setor de segurança pública recebe pelo risco de vida, menos o policial militar. Não temos plano de cargo, carreira e remuneração. Esta é a nossa realidade, é isso que estamos reivindicando e foi por isso que dissemos não à proposta do governador”, explicou Morais.
Ainda segundo ele, apenas uma entidade disse sim à proposta de João Azevedo, e, erroneamente, parte da imprensa está divulgando que os Militares aderiram à vontade do governador, mas Silvano garantiu que não é verdade e que os oficiais seguem em manifestação legal pelos seus direitos.
Nossa opinião
Os policiais militares têm toda a razão. A violência que eles têm que combater só faz aumentar e as condições de trabalho deles só faz piorar. João Azevedo é responsável direto por esta situação, já que ele era o principal executivo da administração do seu padrinho Ricardo Coutinho. Era João quem realmente administrava o Estado. E agora, às vésperas de uma eleição tenta se aproveitar disso. Ele vai dar uma de bonzinho e terminar atendendo pelo menos parte das reivindicações dos militares para tentar ganhar o voto deles e dos seus familiares. Alegará que melhorou as condições de vida deles, quando na realidade a situação chegou ao ponto em que está porque ele próprio contribuiu para isso, quando “casava e batizava” no Governo de Ricardo Coutinho. (LGLM)