MST dá aval a Alckmin como vice de Lula e não vê aliança como entrave a apoio

By | 20/01/2022 8:44 am

Líder sem-terra tem destacado ‘comportamento democrático’ de ex-tucano quando era governador

Mônica BergamoMST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) sinalizou a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter objeção ao nome do ex-governador Geraldo Alckmin como vice e reforçou a mensagem de que embarcará na campanha do petista à Presidência de qualquer maneira.

Lula durante visita a acampamento do MST, em Pernambuco – Ricardo Stuckert/Divulgação

Histórico aliado do PT, o movimento tem resgatado episódios da convivência com Alckmin nos anos em que o ex-tucano governou São Paulo e difundido a avaliação de que ele teve “comportamento de democrata”. A organização não fechou posição oficial sobre o tema, mas reiterou o apoio a Lula.

João Paulo Rodrigues, que é da coordenação nacional do movimento e interlocutor do ex-presidente, lembrou nos últimos dias o papel de Alckmin como vice do governador Mario Covas, entre 1995 e 2001. Disse que, ao assumir a cadeira, o então tucano manteve a linha de Covas e não perseguiu o grupo.

A posição do movimento ganha corpo no momento em que porta-vozes do próprio PT divergem sobre a composição com o ex-governador, abrindo uma dissidência na sigla em relação à aproximação com o antigo rival.

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Nesta quarta-feira (19), porém, Lula voltou a dizer que é simpático à possibilidade e afirmou que, de sua parte, “não existe nenhum problema de fazer aliança com Alckmin e ter ele de vice”. Defensores da ideia dizem que ela ampliaria a chance de derrotar Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro turno.

A associação a Covas ouvida nas falas dos sem-terra embute um outro simbolismo: o então líder tradicional do PSDB entabulou alianças com os petistas em momentos eleitorais críticos nas décadas de 1990 e 2000.

Em 2018, ano em que Alckmin concorreu ao Planalto pelo PSDB, Rodrigues estava no campo oposto e chegou a chamá-lo de inimigo. “Inimigos nossos são a turma do Alckmin e Bolsonaro. Não eles, mas o que defendem: o neoliberalismo”, afirmou durante evento em maio daquele ano.

O MST, que deverá ter papel relevante no núcleo central da candidatura de Lula e na definição de estratégias de mobilização popular, também tem reiterado a necessidade de apresentar um programa com forte teor social e chamar a atenção para a eleição de congressistas à esquerda.

Reportagem da Folha mostrou que o movimento fará um trabalho concentrado para incluir nas urnas nomes de militantes da reforma agrária. Há candidaturas previstas em ao menos 17 estados, por siglas como PT, PC do B e PSB.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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