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(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado)
Como uma cobra, altamente perigosa, a nova cepa veio silenciosa, mas altamente contagiosa. Hospitais estão cheios com os milhares de novos casos do coronavírus, batendo recordes até agora não registrados. Enquanto as UTIs não estão tão carregadas assim.
A estatísticas, pelo menos entre nós, estão enganando. Observando as estatísticas de Patos, à medida que novos testes são realizados, são registrados índices de infecção não registrados anteriormente.
Vejamos os números de testes realizados e o número de infectados de 12 de janeiro para cá: em 12/01 realizados 185 testes resultaram em 82 infectados; 13/01, 260 testes; 101 infectados; dia 14/1, 399 testados e 183 infectados; 17/1, 1093 testados, 394 infectados; 18/1, 441 testados, 274 infectados; e 19/01, 529 testes, resultaram em 239 infectados. Ou seja, sempre em torno de 40% de infectados em cada teste.
Enquanto nisso, o número de mortos continuou estabilizado em 276, o número de UTIs ocupados girou em torno de 5, o número de internados foi apenas de 12 a 23. Mas há um número preocupante que reflete o grande número de infectados. Em 12 de janeiro havia apenas 138 pessoas isoladas, ou seja, pessoas que em tese estavam se tratando em casa. Na última quarta-feira o número de isolados eram de 1.057.
E este número de isolados é que deve nos preocupar. Será que eles além de isolados, estão sendo devidamente tratados quando é o caso? Ou estão, simplesmente, infectando outras pessoas?
Mal tratados eles serão mais à frente os ocupantes de enfermarias e UTIs quando outras comorbidades os acometerem. Por isso, toda a preocupação das autoridades de saúde deve ser agora, muito maior com os que estão isolados. São eles os futuros pacientes de problemas respiratórios, cardiológicos, renais, circulatórios e outros se não forem bem tratados e cuidados agora.
Por outro lado, uma advertência para aqueles que não estão se preocupando hoje, com as medidas de cuidados sanitários. Vocês se acham super-homens e supermulheres que não vão se contagiar e adoecer e por isso não usam máscaras, vivem em festas e descuidam de todas as medidas recomendadas.
O mundo todo está preocupado com a pandemia que já matou milhões no mundo todo e vocês continuam brincando com as próprias vidas, as vidas dos seus pais e dos seus filhos.