(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado)
Nas últimas horas, Nabor e Érico fizeram apelos ao governador para resolver o problema de segurança pública em Patos, onde comércio e população estão em polvorosa por conta da insegurança que grassa na cidade, com assaltos e roubos cada vez mais frequentes.
Os dois tentam tirar dividendos políticos dos seus apelos. Mas por que não abordam com clareza os motivos por que chegamos a situação em que estamos?
Por que não dizem ao governador que o Governo do Estado é responsável por isso, ao pagar o pior salário de uma polícia do país? Por não respeitar o direito dos policiais militares e da polícia civil?
É muito fácil fazer apelo e deixar a critério do governador as providências. Por que não fazem o jogo aberto e mostram os problemas e sugerem soluções para eles.
O povo não é besta. Prefeito e deputado fazem jogo de cena. E as providências quando serão tomadas? O governador disse para eles quando tomará as providências? Disse que providências seriam tomadas? Ou só lhes disse que ia criar uma comissão para estudar o problema e resolvê-lo mais perto das eleições?
Até quando o comércio terá que ficar fechado? Até quando a população vai ter que continuar com medo de sair de carro ou de moto e ter que voltar a pé, por que os bandidos tomaram o seu veículo?
Estamos em vésperas de eleições e todo mundo quer dar uma de bonzinho. Mas o povo quer providências sérias que resolvam o problema e não simples arreglos para enganá-lo.
Os militares não estão fazendo greve, estão apenas mobilizados para mostrar os problemas por que passam e exigindo providências que respeitem os seus direitos.
Eles não podem mais esperar. Se aproveitam o momento da proximidade das eleições para reivindicarem é uma medida estratégica, Já que não podem fazer greve, têm que usar todas as outras formas de pressionar o governo para tomar providências necessárias para lhes dar condições de trabalho mais condigna.