Eleições 2022: Lula tenta atrair os “tucanos históricos”

By | 25/01/2022 8:18 am

Petista quer apoio de membros do PSDB não alinhados com candidatura de Doria

  (crédito: Ricardo Stuckert)

(crédito: Ricardo Stuckert)

Depois de investir na provável chapa para a disputa presidencial com o ex-tucano Geraldo Alckmin, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mantido diálogos com os dissidentes do PSDB — e que não acreditam que a candidatura do governador de São Paulo, João Doria, não ganhará tração para se tornar competitiva. A ideia trazer o que o petista chamou de “PSDB da constituinte” para o leque de apoios que pretende montar.

Para Aloysio, a provável aliança entre Alckmin e Lula é “uma atitude política positiva” para um e para o outro. “Sinaliza a necessidade de uma união de forças para tirar o Brasil da crise, para reconstruí-lo em outros moldes”, avaliou.

O ex-senador, porém, destaca que não basta ser uma aliança partidária de personalidades. Segundo Aloysio, é preciso que seja mais profunda, “envolvendo a sociedade, a academia, outros partidos políticos. Isso não quer dizer exatamente uma aliança eleitoral, agora, mas a criação de um espírito de colaboração”, explicou.

Aloysio, que chegou a participar da articulação que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, considera que a “visão estreita” não faz parte da natureza dos petistas. “O PT e o PSDB foram responsáveis pelos êxitos que nós tivemos em todos os governos que ocupamos. Foi um momento. São duas vertentes da política democrática”, analisou.

Encontros

Na última sexta-feira, Lula também teve um encontro com outro tucano de peso, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo. Apesar de ter considerado a conversa produtiva, ele afirmou que o compromisso de apoiar Doria se mantém inabalado.

“Continuo coerente com as minhas ideias e convicções. E vou fazer, em 2022, o que eu sempre fiz, que é apoiar o candidato à Presidência escolhido democraticamente pelo meu partido, o PSDB”, assegurou.

Lula tem estado empenhado em quebrar resistências para, se não puder contar com o apoio do PSDB no primeiro turno, trazer os tucanos para perto em um eventual segundo. Com as críticas que Doria faz ao PT e ao ex-presidente, a ideia seria garantir fatias importantes do PSDB, garantindo o apoio sobretudo dos seus integrantes históricos.

Companheiros na campanha Diretas Já — quando a sociedade pressionou pela aprovação da emenda Dante de Oliveira para o restabelecimento do voto popular para a Presidência da República —, Lula deve se reunir, mais uma vez, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O último encontro entre eles foi em maio passado, na casa do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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