Aumenta o desespero de Bolsonaro, que só faz afundar na farofa

By | 01/02/2022 7:39 am

O medo dele é passar à História como o primeiro presidente brasileiro que não se reelegeu

Bolsonaro farofeiro
Se a Justiça agisse como partido político, Jair Bolsonaro estaria preso, concorda? Bolsonaro disse que ela age como partido político. Talvez por isso, depois de confirmar, ele cancelou sua presença na sessão de reabertura do Supremo Tribunal Federal.

Ciro Nogueira (PI), chefe da Casa Civil da Presidência da República e presidente do PP, liberou as seções estaduais do seu partido para que apoiem e cedam seus espaços de propaganda eleitoral no rádio e na televisão para os candidatos que preferirem.

Na mesma direção caminha Valdemar Costa Neto, ex-mensaleiro do PT e presidente do PL, partido ao qual Bolsonaro se filiou para ser candidato após ter abandonado o PSL. Em São Paulo, o PL deve apoiar Rodrigo Garcia (PSDB), candidato a governador.

O Republicanos, partido da Igreja Universal do bispo Edir Macedo, dono de cargos no governo, subiu no muro. Poderá ou não apoiar Bolsonaro. Vai depender de ele mostrar se tem de fato condições para derrotar Lula num eventual segundo turno.

Qual dos comandantes militares seria o mais indicado para anunciar que eles baterão continência para o futuro presidente da República, seja ele qual for? Foi o da Aeronáutica que anunciou; logo ele que tem fama de ser o mais bolsonarista dos comandantes.

Na semana passada, Bolsonaro desrespeitou a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, de depor à Polícia Federal, que o acusa de ter tornado público um inquérito sigiloso. Ontem, em um ato de campanha no Rio, falou que a eleição será “uma guerra”.

Não parou por aí. Escalou Dilma para ministra da Defesa caso Lula se eleja, e José Dirceu para chefe da Casa Civil. Dirceu apressou-se em responder que não voltaria ao governo. Lula tem dito que quer governar com o apoio de um número grande de partidos.

Dentro do primeiro escalão do governo, atribui-se ao desejo de Bolsonaro de manter unidos seus seguidores mais radicais tudo o que ele tem feito de errado desde o início da pandemia. É uma solução cômoda, porque retira dele qualquer culpa.

Por radicais e fanáticos, esses seguidores jamais deixarão de votar em Bolsonaro. Só com a companhia deles, porém, Bolsonaro se arrisca a ser derrotado no primeiro turno. Se não for, perderá no segundo turno por larga margem de votos.

Há dois anos, Bolsonaro era favorito a se reeleger. Não havia pandemia, nem inflação alta, nem pessoas nas ruas com fome. Hoje, é favorito a perder. Se isso acontecer, entrará para a História como o primeiro presidente brasileiro que não se reelegeu.

Comentário

Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *