A filiação de Germana Wanderley ao MDB do senador e agora pré-candidato ao Governo da Paraíba, Veneziano Vital do Rego, repercutiu recentemente nos bastidores da política de Patos.
Esposa do deputado estadual Dr. Érico Djan, que segurou até o último momento que não pretendia dar prosseguimento a sua carreira política, que teve início em 2018, quando foi eleito deputado estadual com mais de 20 mil votos, sendo mais de 14.600 em Patos, quando foi o mais votado, as especulações agora giram em torno de qual o tamanho que Germana poderá alcançar no pleito de 2022, para por seu intermédio, continuar o projeto político iniciado por Érico.
Sobrinha do ex-prefeito Dinaldo Wanderley, e prima do ex-prefeito Dinaldo Filho e de Gustavo Wanderley, que representou o grupo em 2018, mas não conseguiu garantir uma vaga na Assembleia, um dos primeiros questionamentos já feitos foi se Germana conseguirá reunir o grupo liderado pela família Wanderley em torno de seu nome.
Antes de mais nada no entanto, creio que ainda é preciso avaliar qual o real tamanho do capital político de Dr. Érico em Patos e na Paraíba, e que na realidade é uma expectativa, pois só poderá ser visto no resultado das urnas em outubro.
Pondera-se que a indecisão de Dr. Érico nesses três anos, pode ter diminuído o seu tamanho político na região, que além de Patos lhe deu votações expressivas em municípios como Santa Terezinha e Mãe D’ Água, por exemplo, mas em compensação, gerou a expectativa em torno de qual o capital político (votos), seria acrescentado ao novo projeto com a filiação ao MDB de Veneziano e Ana Cláudia, com quem germana disse gozar de grande respeito e amizade.
De 2018 pra cá, Patos irá apresentar um cenário com caras novas e outras não tão novas assim, pois saiu Nabor, que hoje é prefeito para a entrada de Francisca, entra Ramonilson, figura que na eleição de prefeito herdou grande parte dos votos tradicionalmente dinaldistas, e que poderia dividir os votos com Germana, e impedir o seu crescimento esperado pelo grupo.
Além deles, Patos teria nomes tradicionalmente não tão expressivos, mas que também receberiam uma fatia do crédito eleitoral da cidade, por uma questão política e ideológica de seus grupos.
Ter o mesmo tamanho ou eventualmente próximo ou superior ao tamanho alcançado por Érico em 2018, seria mais que um desafio para a estreante Germana Wanderley. Isso por que a votação obtida em Patos foi determinante para a eleição de Érico, e da mesma forma teria de ser na eleição de Germana, ou de qualquer outro nome que fosse lançado em seu lugar.
Por outro lado, ter a missão de reorganizar um grupo historicamente tão forte, mas que desde 2018 encolheu de tamanho em termos de representatividade política na cidade, seria algo que tornaria a missão ainda mais desafiadora, e talvez por isso, motivadora para enfrentar o novo projeto político.
Nossa opinião
- Excelente análise do colega e amigo, Genival Júnior, talvez o melhor e mais equilibrado analista político da nova geração que atua em Patos. (LGLM)