A comunidade do Bairro da Maternidade, precisamente aqueles atendidos pela Unidade Básica de Saúde Doraci Brito, localizada na Rua Pedro Cruz Guedes, em Patos, estão revoltados com as constantes ausências do atual médico que foi contratado para dar expediente na unidade e atender aos usuários.
Diariamente, dezenas de pessoas buscam a UBS Doraci Brito, no entanto, denunciam que por diversas vezes o médico Dr. Marconi, que atualmente substitui a médica Dra, Olímpia, vem faltando ao serviço por questões que faltam esclarecer. O médico tem outras atribuições da sua profissão e tem deixado a desejar no fator presença na UBS.
De acordo com informações, o médico já precisou se ausentar da UBS durante o expediente e ir atender como anestesista na Maternidade Dr. Peregrino Filho, pois está substituindo o também anestesista Dr. Távio, que sofreu um acidente automobilístico e se recupera.
O senhor Wellington Juan, que estava com sua esposa para ser atendida na unidade, disse que o médico tem constantemente se ausentado ou mesmo faltado ao serviço em decorrência de não poder estar na UBS Doraci Brito. “…ontem mesmo ele era para ter vindo, mas nem veio…as pessoas chegam cedinho para pegar ficha e até esperam na calçada. Fazem a ficha e depois de esperar bastante, o médico não aparece. Teve outro dia que ele tava aqui e saiu para ir atender na maternidade. A gente liga para a corregedoria e nem atende…”, relatou Wellington.
A médica que atendia na UBS Doraci Brito, Dra Olímpia, havia se afastado em decorrência da pandemia da Covid 19. Fazendo parte do grupo de risco, a Dra. Olímpia passou o tempo preciso e depois retornou para a UBS, mas descobriu ao voltar que havia sido transferida sem ao menos ser comunicada. O fato gerou insatisfação da comunidade que tem muito apreço pela profissional médica.
A reportagem do Polêmica Patos fez contato com o secretário de Saúde do Município de Patos, Leônidas Dias e relatou a denúncia dos usuários. Após a denúncia, o secretário determinou a apuração do caso e a contratação de dois fiscais para averiguar o cumprimento das cargas horárias e as visitas nestes locais e DGA’s. Ele também determinou a equipe responsável pelo DGA para tomar as medidas necessárias para evitar esse tipo de situação.
Nossa opinião
Um ausência eventual até se justifica, mas não se pode admitir, sob nenhum pretexto as ausências sistemáticas, como esta a que se refere a denúncia. Os médicos vêm se constituindo no “calo” das administrações públicas, justamente pelas ausências constantes e pela não prestação da jornada integral. Alegam para isso, que recebem baixos salários e que têm que reforçar a renda assumindo vários empregos. Se o salário não compensa para que assumem a função? Ou procuram novo contrato que possam acumular sem choques de horários? O povo não pode ficar à mercê dos interesses de cada um profissional de saúde. “Quem não pode com o pote, não pega na rodilha!” (LGLM)