O presidente do PSB, Carlos Siqueira, anunciou que a sigla não vai integrar a federação partidária que estava em negociação com PT, PCdoB e PV.
A decisão foi tomada após uma reunião que Siqueira teve com a presidente do PT, Gleisi Hoffman, nesta quarta-feira (09). Esta foi a quarta reunião entre os quatro partidos, na qual não houve acordo em relação às exigências do PSB para integrar a federação.
Apesar de não manter entendimentos para seguir com a federação, o PSB vai fazer aliança com o PT. O partido deve receber nos próximos dias a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB.
A intenção é que Alckmin seja o candidato a vice na chapa para a Presidência da República encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Em resposta ao atual momento político, o PT, PCdoB e PV decidem caminhar para construir a federação e continuarão dialogando com o PSB em busca de sua participação, bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo”, diz nota divulgada após a reunião.
Nossa opinião
A desistência do PSB de participar da federação com o PT não os impede de fazer uma coligação a nível nacional em torno do candidato à presidência, permitindo a formação da chapa Lula/Alckmin. Mas ao mesmo tempo permite que nos Estados, cada um tenha o seu candidato a governador, Criada esta situação será possível que na Paraíba MDB e PT montem uma chapa comum com Veneziano candidato a governador e um candidato a vice e a senador indicados pelo PT. O candidato a senador poderá ser, se continuar elegível, o ex-governador Ricardo Coutinho, o que tornaria a chapa comum altamente competitiva. A desistência do PSB em formar a federação com o PT dá mais liberdade ao partido, mas fazer os seus acordos, mas poderá dificultar a reeleição de parte de seus deputados, tanto que alguns pretendem aproveitar a janela partidária e buscarem outros partidos que facilitem a sua recondução ao Congresso e às assembleias. (LGLM)