Segundo aliados, o governador de São Paulo também vai deixar o PSDB, mas não pretende concorrer à reeleição; Rodrigo Garcia, que assumiria o cargo, pede demissão da Secretaria de Governo
O governador de São Paulo, João Doria, surpreendeu aliados e auxiliares na manhã desta quinta-feira, 31, ao comunicar que desistiu de concorrer à Presidência pelo PSDB e avisou que não vai mais deixar o cargo hoje, como estava previsto. O tucano cancelou todas as agendas externas nas quais faria sua “despedida” do governo paulista e vai fazer o anúncio oficial em um ato com prefeitos à tarde no Palácio dos Bandeirantes. Segundo aliados, Doria também vai deixar o PSDB, mas não pretende concorrer à reeleição.
Surpreendido pela notícia na manhã de hoje, o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que era apresentado por Doria como o “CEO” de sua administração e assumiria o cargo, pediu demissão da Secretaria de Governo.
A senha para a mudança de planos foi dada na noite desta quinta-feira, 30, em um discurso de 53 minutos para uma plateia de amigos, empresários, aliados e secretários, sem a presença de Garcia, no qual disse que “não parte do pressuposto” que será candidato e sinalizou que aceitaria abrir mão da disputa. “Não faço imposição do meu nome, pelo contrário. Não parto do pressuposto que tem ser eu. É preciso ter grandeza e espírito elevado”, afirmou o governador paulista.
Surpreendido pela notícia na manhã de hoje, o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que era apresentado por Doria como o “CEO” de sua administração e assumiria o cargo, pediu demissão da Secretaria de Governo.
Ontem, Doria participou de um jantar organizado pelo empresário Marcos Arbaitman, seu amigo de longa data, e usou tom conciliador no momento em que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sinaliza que vai lutar pela vaga de candidato do PSDB, apesar de ter perdido as prévias do ano passado.
Nossa opinião
A desistência de Doria abre caminho para que o ex-governador do Rio Grando do Sul, Eduardo Leite, seja o candidato a Presidente do PSDB, com apoio do União Brasil e do MDB. Seria a tentativa de uma terceira via que poderia contar com a participação de outros partidos, inclusive com a desistência de outros candidatos à Presidência. (LGLM)