Votar é ser responsável pelo futuro de todos

By | 01/07/2022 6:58 am

(Uma por dia… Misael Nóbrega de Sousa,  30-06-2022)

 

Neste país não se vota no projeto político, por corrente ideológica… Por isso não há cobrança, porq ue não podemos cobrar o que não conhecemos. Se vota pelo rito obrigatório de “perder o prestígio” ao transferir para alguém a força que o povo é que tem.

Neste país se vota por paixão ao candidato… Que é filho e neto de um ex-político e que segue a tradição da família rica.

“Que país é este?…

“Pronto. Votei. ‘me represente’ e faça a sua vontade. Não ligo. Não me importo. Desde que não me oprima, pode ser o herói de sua própria sina”. E essa falta de indignação me incomoda.

O político pode ter sido flagrado desviando dinheiro, cobrando propina de empreiteiras, fazendo rachadinhas… Ele pode ser preso, condenado, que mesmo assim continua sendo o “nosso” candidato… – não carecemos da ética do político, mas da moral da política.

E a resposta a esse conflito só depende de nós.

Mas, por que saímos em defesa da honra dessas pessoas? Por que perdemos o nosso tempo defendendo o indefensável se eles próprios não o fazem? Se fossem sérios não desvirtuariam a forma de fazer política – que tem o povo como objetivo único, em favor dos interesses próprios…

Ninguém faz a conta: quanto o candidato declara na campanha versus quanto ele recebe pelo mandato quando eleito. Não fecha: o que “investe” é muito maior que a soma dos subsídios oficiais (ou o por fora cobre o investimento ou quem paga a campanha não é ele… Ou as duas coisas).

Porém, há quem acredite que o político brasileiro é preocupado em se perpetuar na política, antes de ser por dinheiro… Pelo poder. Mas, o poder não emana do povo?

Engraçado (e preocupante) como o povo tem o estranho hábito de se rebaixar aos políticos: “obrigado dr. Fulano pela obra que o senhor trouxe aqui pra minha cidade”. Adoro o meme: “obrigado prefeito fulano de tal pela chuva que ‘tá’ nos abençoando esta noite”.

Tem uma nova eleição, vindo por aí… E os critérios de voto são tão estranhos que se vota até por protesto. “pior do que ‘tá’ não fica vote em Tiririca”. Político, gente… É peça descartável, a política não.

“Não tenho político de estimação”. Tenho predileções, simpatia, tendência… Convicções históricas e exemplos vários. Votar no que acredito (e não em quem acredito) não tem preço. O meu lado é o de dentro, e ele me move para a defesa das classes trabalhadoras oprimidas, das minorias miseravelmente desprezadas, da falta de oportunidades de emprego, moradia e comida na mesa.

Votar não é nada simples. Votar é ser responsável pelo futuro de todos.

 

 

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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