(Blog do Jordan, em 19/10/2022)
O diretor do Instituto Federal da Paraíba Campus Patos, Ronaldo Lima, confirmou ao Blog do Jordan Bezerra, na tarde desta quarta (19), que estudantes de fato apresentam dificuldade de arcar com recursos para o transporte escolar. Os estudantes precisam pagar táxi, mototáxi, veículo alternativo para chegar ao IFPB diariamente para as aulas, mas a dificuldade está assolando os jovens.
“Aproximadamente 60% dos nossos alunos são de outros municípios. Eles têm acesso aos ônibus dos municípios, mas devido ao fato de Patos não ter um transporte público coletivo, nossos estudantes têm dificuldade. Nós temos o programa de Assistência Estudantil, programa de acesso, permanência e êxito. Entre axílios financeiros, temos 700 alunos com 120, 140 ou 300 reais, bolsa de pesquisa, extensão, monitorias. Fora isso, servimos um lanche nos três turnos e temos aprximadamente 400 refeições diárias aos alunos selecionados em edital. Investimento que se aproxima a R$ 1 milhão por ano. Mas o transporte é realmente complicado”, argumentou o diretor.
Segundo ele, devido à alta nos combustíveis, as corridas estão mais caras e, para quem precisa se locomover diariamente, fica complicado arcar. Segundo ele, este mesmo problema se repete na UFCG, IFPB, Escola Técnica e outras instituições que ficam distantes dos demais bairros e do centro da cidade.
Embora haja quem proponha que o município providencie um ônibus para fazer o transporte de estudantes, como muitos deles são de outros municípios seria um encargo para o município de Patos. A nosso ver a saída definitiva para o problema seria tornar possível o retorno a Patos de uma empresa de ônibus coletivo, que resolveria não só o problema dos estudantes como o dos idosos e pessoas com deficiência que teria direito a gratuidade no transporte coletivo. Para que se torne viável a presença de empresa de ônibus na cidade teríamos que organizar o transporte de passageiros combatendo o transporte clandestino, o que a STTRANS já vem tentando fazer, e ao mesmo tempo, permitido o uso de lotações apenas para as áreas onde não fosse possível o transporte coletivo. Para fazer essa mudança no transporte de passageiros, entretanto, a administração municipal teria que ter a coragem de enfrentar os interesses contrariados dos clandestinos e dos exploradores da lotação., Só libertando a cidade destes é que será viável economicamente a presenta de uma empresa de transporte coletivo, com o que ganhariam todos. Os idosos e pessoas com necessidades especiais com a gratuidade, os estudantes de modo geral com o pagamento de meia passagem e os adultos com um transporte eficiente que dispensasse o uso de outros meios de transporte. (LGLM)