Veja os dados do mais novo levantamento do instituto
O levantamento aponta que 47% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro no segundo turno da eleição para Presidência da República. O índice de rejeição de Lula é de 41%. 40% dos entrevistados consideram o governo do presidente como ruim ou péssimo, ante 36% que avaliam como ótimo ou bom e 24% regular. O grupo dos que não sabem responder soma 2%.
Em relação ao levantamento anterior, divulgado em 17 de outubro, a avaliação positiva oscilou um ponto porcentual para baixo, enquanto as avaliações negativas e regulares oscilaram um ponto para cima, todas as três dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Ipec também aponta que 51% dos brasileiros, mais da metade do eleitorado, desaprovam a maneira como o presidente Bolsonaro está governando o país. Os que aprovam são 43%. Outros 6% não responderam ou não souberam responder.
Certeza de voto
Segundo o levantamento, 93% estão convictos do voto que darão em 30 de outubro, dia do segundo turno da disputa eleitoral. Outros 7% afirmam que ainda podem mudar de opção.
Tanto entre os eleitores do ex-presidente quanto entre os do candidato à reeleição, 93% dizem que a decisão é definitiva. No caso do petista, 7% do eleitorado ainda pode mudar de voto. Em relação a Bolsonaro, são 6%.
A rejeição de Bolsonaro oscilou um ponto porcentual para cima em relação ao levantamento anterior, publicado no dia 17. A de Lula se manteve no mesmo patamar.
Contratada pela Globo, a pesquisa foi realizada entre 22 e 24 de outubro e entrevistou 3.008 eleitores presencialmente em 183 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-06043/2022. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Votação no primeiro turno
No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total.
Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa. Na quinta-feira, 6, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.
Nesta quinta-feira, 14, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, determinou a abertura de um inquérito para investigar as empresas Datafolha, Ipec e Ipespe, sob o argumento de haver indícios de que os institutos de pesquisa atuaram “na forma de cartel” para “manipular” as eleições, cometendo o mesmo erro sobre o resultado da votação do último dia 2 para escolher quem vai comandar o País nos próximos quatro anos, a partir de 2023.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu as investigações abertas. Moraes pediu para a Corregedoria-Geral Eleitoral e a Procuradoria-Geral Eleitoral investigarem se houve abuso de autoridade e de poder para favorecer candidatura do presidente Jair Bolsonaro.
O Ipec se posicionou após o resultado do primeiro turno. “As pesquisas eleitorais medem a intenção de voto no momento que são feitas”, disse o Ipec, em nota. “Quando feitas continuamente ao longo do processo eleitoral são capazes de apontar tendências, mas não são prognósticos capazes de prever o número exato de votos que cada candidato terá”, informou a nota.