Vice-presidente também falou sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro, que, desde o começo do governo, não foi da melhores
“Nós concordamos em participar de um jogo em que o outro jogador [Lula] não deveria estar jogando. Mas se a gente concordou, não há mais do que reclamar. A partir daí, não adianta mais chorar, nós perdemos o jogo”, disse o general em entrevista ao jornal O Globo. “Aceitamos participar do jogo. Não considero que houve fraude na eleição. Mas um jogador não deveria estar jogando. Essa é minha visão”, completou.
Sujeito verborrágico
Durante a entrevista, Mourão também falou sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro, que desde o começo do governo não foi das melhores. “Eu nunca briguei com ele publicamente. Ele reclamava de mim, pô. É aquela história, eu tenho noção, né? No atacado nós temos o mesmo pensamento, mas a forma de fazer as coisas é outra”, considerou.
“Ele é um sujeito mais incisivo, mais verborrágico, e eu não sou. Minha forma de fazer as coisas é outra. Ele sempre foi deputado. Na Câmara, se você não se destaca pela peleia, é engolido. E o papel do Bolsonaro era meter o dedo nos outros. E ele continua fazendo esse papel. E eu nunca fui disso, eu passei dessa fase na minha vida”, pontuou o senador recém-eleito.
Nessa terça-feira (1º/11), foi notada a ausência do vice-presidente no Palácio da Alvorada, durante a primeira fala de Bolsonaro após a derrota. Além dele, estavam não marcaram presença no pronunciamento Michelle Bolsonaro e os filhos do mandatário Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Flávio Bolsonaro (PL). O ministro das Comunicações, Fábio Faria, também não apareceu.