Sem esperneio (seguido de comentário nosso)

By | 02/11/2022 12:56 pm

À falta de opção, Bolsonaro reconhece a derrota na eleição e desencoraja arruaça

 

Presidente Jair Bolsonaro faz pronunciamento no Palácio da Alvorada, em Brasília – Gabriela Biló/Folhapress

O pronunciamento de Jair Bolsonaro (PL) sobre o resultado da eleição deve ser compreendido como um reconhecimento tácito de que não existe nada que ele possa fazer para reverter a derrota sofrida.

Ao quebrar quase dois dias de silêncio nesta terça (1º), Bolsonaro agradeceu aos 58 milhões de eleitores que o sufragaram, festejou o avanço de seus aliados no Congresso Nacional e destacou o surgimento de novas lideranças da direita.

Não mencionou o adversário vitorioso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas prometeu cumprir a Constituição como presidente da República e como cidadão. Com o anúncio do processo de transição de governo, feito em seguida pelo ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, a derrota estava reconhecida.

A arruaça teve início na noite de domingo (30), quando se conheceu a definição do segundo turno, e se alastrou com intensidade no dia seguinte, causando prejuízos e transtornos em toda parte.

No episódio, a atuação dos agentes federais responsáveis pela segurança nas rodovias gerou não poucas dúvidas e críticas, inclusive no Ministério Público Federal.

Por dois dias, o silêncio do presidente alimentou boatos, fantasias golpistas e teorias conspiratórias de todo tipo, talvez encorajando alguns seguidores mais fanáticos a engrossar os protestos inúteis, como se o país estivesse à beira de uma conflagração.

Dada a omissão de autoridades, foi necessário que a cúpula do Poder Judiciário impusesse a lei contra a baderna, determinando a desobstrução imediata das estradas e autorizando o emprego das polícias militares estaduais para tanto.

O plenário do Supremo Tribunal Federal formou em minutos a maioria necessária para referendar a correta decisão do ministro Alexandre de Moraes, que mandou agir contra os desordeiros na segunda (31). A normalidade começou a voltar horas após a entrada das polícias estaduais em ação.

Enquanto Bolsonaro se mantinha recluso no Palácio da Alvorada, magistrados, líderes do Congresso, governadores e empresários se mobilizaram para restaurar a ordem e convencê-lo a fazer seu pronunciamento.

A demora do gesto decerto não engrandeceu a gestão de Bolsonaro, mas isso não importa mais.

editoriais@grupofolha.com.br

Comentário nosso

Bolsonaro cometeu uma série de barbaridades durante o seu desgoverno. Cometeu barbaridades durante à campanha que o levou à derrota. E o mostrou incompetência até na derrota. Terminou com “o rabo entre as pernas”, mendigando um acordo para não ser preso depois que sair do Governo. (LGLM)

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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