Bolsonaristas deixam local em ônibus do Governo do DF; Moraes determinou retiradas pelo país
A PM do Distrito Federal e a Polícia do Exército iniciaram na manhã desta segunda-feira (9) o esvaziamento da área do quartel-general do Exército em Brasília, cumprindo a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de retirada de todos os golpistas acampados no local.
De acordo com o Ministério da Justiça, cerca de 1.200 bolsonaristas estão sendo conduzidos presos para a superintendência da Polícia Federal, em dezenas de ônibus cedidos pelo Governo do Distrito Federal.
Mais cedo, os policiais haviam dado cerca de uma hora para que os manifestantes radicais recolhessem seus pertences e deixassem o acampamento. Eles também informaram aos presentes que quem seguir no local seria detido.
De acordo com militares que participam da operação, os bolsonaristas que estão sendo conduzidos nos ônibus serão identificados, mas eles não souberam dizer se continuarão presos.
De acordo com militares do Exército presentes no local, a operação foi decidida no domingo em reunião com os ministros José Múcio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o comandante do Exército, Júlio César Arruda.
Na noite de domingo (8), o Exército impediu a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal na área em que bolsonaristas extremistas estão acampados em Brasília, em frente ao quartel-general da Força.
A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Ele ordena a “prisão em flagrante de seus participantes pela prática de crimes” e afirma que as operações deverão ser realizadas pelas polícias militares, “com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário”.