(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM)
O que era apresentado até poucos dias atrás como simples manifestação popular pacífica contra o que pretendia uma eleição ilegítima de Lula, foi aos poucos colocando as unhas de fora, com episódios que mostravam sua verdadeira cara de terrorismo contra o Estado de Direito.
Passadas as ameaças que faziam de que Lula não subiria a rampa do Planalto, com a posse tranquila do novo Presidente legitimamente eleito, resolveram tentar uma jogada de “tudo ou nada” na sua tentativa de provocar uma intervenção militar.
Orientados supostamente por Bolsonaro ou sequazes seus como o ex-ministro da Justiça e ex-Secretário de Segurança Pública de Brasilia, Anderson Torres, que viajou durante a semana para Orlando, cidade americana onde está Bolsonaro, mobilizaram seus seguidores das mais variadas vertentes nas redes sociais para praticar uma série de atos de violências que atingiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
Nas redes sociais, ofereciam transporte, alimentação e dinheiro para quem quisesse ir a Brasília “bagunçar o coreto”. Quem financiou a “lambança”? “Os mesmos que vinham financiando as paralisações de rodovias e as ditas manifestações pacíficas de portas de quartel. Mas, talvez muitos outros financiadores da baderna sejam descoberto dentro dos processos que estão sendo abertos contra as milhares de pessoas que foram presas durante os atos terroristas do último domingo.
Partidários da direita burra que pensam que o povo é besta, tentam desviar as acusações dos sequazes de Bolsonaro insinuando infiltração de esquerdistas ou de partidários políticos de Lula, como se ainda pudessem enganar alguém sobre a origem de toda a bagunça que vem sendo feita no país pelos inconformados com a derrota que sofreram em 30 de novembro passado.
Na realidade, os promotores dos atos de terrorismo e vandalismo, mostrado à exaustão pela imprensa e redes sociais nos últimos dois dias, apenas deram um “tiro no pé”. Centenas deles estão presos, o governador de Brasília acusado de omissão por não ter mobilizado a Polícia Militar do Distrito Federal para controlar as manifestações foi afastado do Governo do Distrito Federal por 90 dias e o ex-Ministro da Justiça, Anderson Torres, pode vir a ser preso por suspeita de ter servido de “laranja” de Bolsonaro na organização dos atos de terrorismo e vandalismo do domingo.
Autoridades de todo o mundo deploraram o que aconteceu em Brasília no domingo e alguns deputados americanos chegaram a pedir que Bolsonaro seja expulso dos Estados Unidos por estar por trás do que aconteceu na capital brasileira.
Muita gente está vendo nos atos de vandalismo de Brasília uma cópia do que aconteceu na posse de Biden naquele país, provocado por partidários do ex-presidente Trump que os incentivou a pratica dos desmandos provocados em Washigton, sem esquecerem que Trump é uma espécie de guru de Bolsonaro. Muitos comentaristas ao fazer a comparação entre o que aconteceu em Washington e em Brasília, manifestam a esperança de que o Brasil seja severo nas punições como têm sido os americanos.
O “tiro no pé” dos terroristas brasileiros já começou a ter consequências. O Exército Brasileiro, com apoio das Polícias Militares já está desocupando o espaço próximo aos quartéis que eram utilizadas pelas manifestações ditas pacíficas e legais em favor da democracia, mas na verdade eram celeiro de terroristas e vândalos.
E as Forças Armadas tem mostrado a sua verdadeira face de guardiãs da democracia, cumprindo a lei, na manutenção da ordem, ao invés de respaldar os desmandos dos bandidos como eles pensavam que elas fariam. Não saiu o golpe militar que queriam.