(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 05/03/2023)
As movimentações para as eleições de 2023 que vão escolher entre vereadores e prefeito de Patos já estão acontecendo. Com o fim das coligações, alguns partidos estão formando os chamados “chapões” que juntam pré-candidatos a vereador e vereadora em busca de uma vaga na Câmara Municipal de Patos.
Caras novas e já conhecidas devem se apresentar como pré-candidatos ainda em 2024. Alguns partidos abandonam totalmente a linha de coerência e todos que puderem somar votos começam a movimentar o cenário político patoense.
Nesta sexta-feira, dia 03 de março, o ex-candidato Juarez Bernardo Cezar, o popular Juarez, de 50 anos, e tirou 425 votos nas eleições de 2020, disse que não sabe se irá disputar as eleições em 2024, pois o processo eleitoral tem ficado cada vez mais caro.
Juarez relatou que em 2020, o dono de um “chapão” estava cobrando 150 mil reais para garantir uma vaga de mais evidência. Ele disse que não aceitou a proposta indecente e foi candidato por um partido mais independente. “Sou um trabalhador e ganho meu dinheiro suado! Tenho trabalho prestado na minha comunidade e não sei se serei candidato em 2024. As campanhas estão cada vez mais caras e muitas pessoas só votam por dinheiro…”, relatou ele.
Comentário nosso
Conforme se comenta nos bastidores da política patoense, ninguém se elegeu vereador em Patos, gastando menos de duzentos mil reais. Mas não ouvi falar em partido exigindo tal valor para eleger alguém. Acho que Juarez entendeu mal as coisas. Alguém pode ter lhe dito que ele precisava gastar uns cento e cinquenta mil reais para conseguir se eleger, o que indica que quem lhe falou isso, entendia realmente do assunto. Aliás, segundo se comenta Juarez teria investido mais do que cento e cinquenta mil para conseguir os 425 votos que teve. E houve até quem gastasse mais do que isso e que também não consegui se eleger. As eleições de Patos estão custando cada vez mais, justamente por que os candidatos têm viciado o eleitorado em só votar por dinheiro. Eu tive uma experiência em um dos locais, onde um amigo conseguiu reunir uns cinquenta empregados para que eu conversasse rapidamente com os trabalhadores. Tentei ser rápido em minha conversa e saí dali satisfeito, pensando em conseguir alguns votos entre os que me ouviram com toda a atenção. Depois, um parente meu que trabalhava na empresa e participou do “papo” me relatou os comentários que ouviu depois da nossa conversa. “E só tem “papo”? Ninguém recebe nada para votar? Só estes papéizinhos com a foto e o número do candidato?”. Ouvi isto em outros locais, o que entendi ser o espírito da maioria do eleitorado. Os cem “benditos” votos que recebi foram realmente de eleitores conscientes ou amigo de longa data. Na campanha só gastei com os “santinhos” que distribui. Fora isso só “saliva” e sola de sapato. Há trinta anos atrás, sem também gastar nada, tive mais de trezentos votos. Não se faz mais eleitores como antigamente. Talvez se a pandemia tivesse permitido a realização de comícios, tivesse melhorado um pouco para quem soubesse se expressar e defender suas propostas. (LGLM)