O vereador patoense, Jamerson Ferreira, falou para a imprensa patoense ao longo desta semana, e na oportunidade questionou o posicionamento da maioria do poder legislativo no tocante a aceitação dos pareceres do Tribunal de Contas do Estado, em relação às contas dos gestores municipais anteriores.
Ele explica que, levando em conta o parecer do TCE, os vereadores de Patos deveriam ter aprovado as contas de Dinaldo Filho, e por outro lado terem reprovado as contas de Francisca Motta.
“Como era mais conveniente pra eles, votaram contra o relatório do Tribunal de Contas, quando das contas de Francisca Motta. Agora, com Dinaldinho, porque também era conveniente, votaram favorável”, garante Jamerson.
Deixando claro que discorda totalmente na maioria dos vereadores de Patos, Jamerson Ferreira afirma que segue uma linha política pautada na realidade dos fatos, e que aceita qualquer decisão que o Tribunal de Contas da Paraíba apresentar.
E alegou que as decisões do poder legislativo patoense são pautadas na pura intenção política, e sem qualquer parâmetro técnico, como ele defende ser o correto.
Vereador Sales Júnior diz que Câmara votou de acordo com o TCE
Em resposta ao comentário de Jamerson, o vereador e líder do governo municipal de Patos, na Câmara Legislativa, Sales Júnior, disse que, de fato, o TCE atestou a aprovação das contas dos ex-gestores do município, sendo o ex-prefeito Dinaldo Filho, e o vice, Bonifácio Rocha, pela análise das contas de 2018.
Mas admitiu que o órgão fez algumas ressalvas, que inclusive foram enviadas para o Poder Legislativo de Patos. Ele atribui a decisão do órgão aos 4 anos de instabilidade administrativa e dificuldades para gerir o município, durante os 4 anos de mandato, referente ao exercício dos dois gestores citados.
Porém, não confirma que a Câmara de Vereadores de Patos votou de acordo com o parecer favorável do TCE.
Comentário do programa
Acho um absurdo um vereador, seja de qual Câmara de Vereadores for, na sua maioria analfabeta ou quase, pelo menos em matéria fiscal, financeira e contábil, votar contra o parecer de um Tribunal de Contas, formado por pessoas, geralmente com grande experiência, além de assessoradas por técnicos altamente capazes. Só a politiquice que reina no país pode admitir isso. Analfabeto contestando um técnico, em matéria fiscal, financeira e contábil. Isto sem apresentar nenhuma justificativa para o seu voto discordante, simplesmente por “puxaquismo” e subserviência. Ou o que é pior, em troca de vantagens financeiras, como muitas vezes tem acontecido. Muitas votações são antecedidas de verdadeiras sessões de troca-troca de vantagens as mais diversas. (LGLM)