(José Romildo Sousa, Escritor, poeta, historiador e consultor cultural, no Facebook, em 14/03/2023)

Da necessidade de ajudar as mulheres a terem filhos no momento dos partos, surgiu em tempos bem remotos a profissão que ficou sendo conhecida pela denominação de “parteira”.
Na cidade de Patos várias se imortalizaram pela maneira como desempenavam as suas funções e, ainda hoje são lembradas, a exemplo de Maria Sabino (uma das primeiras), Antônia de Sousa (que trabalhou com o Dr. José Peregrino), Neves Parteira, Mãe Mimosa, Santana, Maria da Hora (por sempre repetir: – só chega na hora!”), Inocência, Nita Araújo, Terezinha Cruz, Sebastiana Macarrão, e, uma das mais reverenciadas – DONA NENÉM PARTEIRA – a quem desejamos nos reportar com maiores detalhes nessa resenha, se espelhando, notadamente, na sua vida e na sua história para homenagear a todas as mulheres patoenses – divinas e maravilhosas – neste 8 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Maria Severina de Sousa (Foto 1), que passou a ser chamada, devido ao seu trabalho, de Dona Neném Parteira nasceu na Parahyba do Norte em 15 de agosto de 1901. Na década de 30 veio residir em São José do Bonfim, onde conheceu Pedro Celestino, com quem veio a se casar, passando a residir em Patos. Desse casamento nasceram os filhos: Luiz Celestino de Sousa, Nego Coco, João Pedro, Paulo e Maria de Fátima.
Dona Neném era muito solicitada pelos seus trabalhos e vivia a correr de casa em casa pelos sítios da redondeza. Trabalhou com os Doutores Arthur, Lauro, Geraldo e Olavo. Esse último veio ao mundo, inclusive, graças ao trabalho dessa afamada parteira. Na 2ª foto que ilustra esta matéria, onde se encontra posicionada a equipe médica do Posto de Saúde, Dona Neném Parteira é a primeira do lado direito, que se encontra sentada.
Passou Dona Neném exerceu suas funções pela Casa de Saúde São Geraldo, de Dr. Estácio de Sá (genitor de Nelson Piquet – Foto 3)), pelo Posto de Saúde da rua José Gomes Alves e, por fim, na Maternidade Peregrino Filho (Foto 4).
Após a aposentadoria Dona Neném passou a residir na rua Rui Barbosa, em sua cadeira de balanço. Veio a falecer em 10 de setembro de 1989 e se encontra sepultada no Cemitério São Miguel.
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