O vereador e jornalista Jamerson Ferreira está fazendo um chamamento aos deputados que representam o sertão do estado da Paraíba, no sentido de buscarem junto ao Governo do Estado viabilizar uma modernização e substituição dos canos na adutora Coremas -Sabugi.
De acordo com o parlamentar, a cidade sofre semanalmente com faltas d’água e a regional da Cagepa sempre atribui a estouramentos na adutora.
“Uma obra de 20 anos, vem semana após semana estourando, falhando e deixando a população com sede. Conclamos as representações Estadual e Federal para que entrem nessa discussão” Afirmou Ferreira em programa radiofônico.
Jamerson ainda informou que, na condição de representante da população, levantará esse debate.
A Cagepa informou nesta semana que nesta fazendo a substituição preventiva de um equipamento chamado barrilete, que, segundo a estatal, remonta à origem do sistema e apresentava muitos problemas de corrosão, devido a seus mais de 30 anos de uso. Visando garantir a segurança e a qualidade no abastecimento de água da cidade, optou-se pela substituição preventiva deste equipamento.
Comentário nosso
Os problemas das últimas horas na CAGEPA, provocando a falta d’água na cidade de Patos, graças a Deus já resolvidos, não seriam devidos à adutora Coremas-Sabugi, como deixou claro a própria empresa, atribuindo o problema à troca de uma peça do sistema de tratamento da água local. Tratava-se de um barrilete, utilizado na caixa dágua do Prado que redistribui a água tratada para as demais caixas dágua da cidade e que já tinha ultrapassado sua “sua vida útil”. O vereador Jamesson Ferreira levantou uma outra questão muito pertinente e que tem trazido dissabores à população da região. São os estouramentos frequentes na adutora Coremas-Sabugi. Não conseguimos descobrir qual é a previsão de vida útil dos encanamentos utilizados na adutora que são construídos de PVC reforçado por fibra de vidro, mas parece que a adutora já vem sofrendo o peso da idade, já que ultrapassou os vinte anos. Encanamentos normais de PVC utilizados em construções e distribuições residenciais, podem ter vida útil de mais de cinquenta anos, mas em condições bem menos drásticas do que as enfrentadas por adutoras de água bruta, como a que serve à nossa região. Um indicio de que a vida útil da adutora está se aproximando do seu limite, a nosso ver, são os frequentes casos de rompimento de canos, que sempre provocam problemas de abastecimento enquanto são substituídos. E outra prova de que o material utilizado na adutora, o PVC reforçado ou RPVC, é que, segundo fomos informados, os canos que rompem estão sendo substituídos por canos de ferro fundido, hoje predominantes nos países do primeiro mundo, para utilização em adutoras. Os canos de RPVC são mais baratos, mas a sua vida útil é muito menor, o que para a maioria dos paises termina não compensando. Comparamos a situação na manutenção da adutora com a situação do DNIT nas estradas asfaltadas. Até certo ponto compensa uma operação “tapa-buracos” para a manutenção das estradas, mas chega a uma situação em que para a empresa é mais barato fazer uma repavimentação da estrada. No caso da adutora Coremas-Sabugi, por enquanto talvez compense, ir subsituindo os canos de RPVC por canos de ferro fundido, mas vai chegar uma hora em que será melhor trocar totalmente a encanação pelo ferro fundido. Por isso é válido o alarma que está sendo feito pelo vereador Jamerson Ferreira, tentando mobilizar os representantes da região para começar a cobrar da CAGEPA, empresa do Governo Estadual, uma reposição completa da adutora com canos de ferro fundido para evitar tanto aborrecimento para a população da região com tanta interrupção no fornecimento dágua. (LGLM)