Faleceu na manhã desta segunda-feira, dia 20 de março, aos 74 anos, o ex-jogador patoense Edilson Brandão de Lucena, conhecido popularmente como “Dissor”, que marcou época nas décadas de 60 e 70 defendendo as cores do Nacional de Patos e do Botafogo-PB, e foi autor do primeiro gol do Estádio Municipal José Cavalcanti.
Dissor sofria de mal de Alzheimer e morreu por complicações da doença. Ele morava atualmente na capital João Pessoa.
Após pendurar as chuteiras, Dissor trabalhou por 22 anos como bancário, no antigo Paraiban.
Era casado e deixa viúva a senhora Lenira Guedes Brandão. Teve cinco filhos: Lenilson Guedes Brandão (in memoria), Edilson Brandão de Lucena Júnior, Paulo Alexandre Guedes Brandão, Diva Adalya Guedes Brandão e Denis Andrade.
Seu corpo está sendo trasladado para a cidade de Patos e será velado no Memorial Jardim da Paz, localizado às margens da BR-230, próximo à Cruz da Menina, a partir das 17h desta segunda-feira (20). Já o sepultamento será realizado no Cemitério São Miguel, no bairro Belo Horizonte, nesta terça-feira (21) pela manhã.
Recorte histórico de sua carreira
Dissor jogava de ponta direita, tabelava, cruzava, cabeceava, usava a linha de fundo e principalmente, marcava gols. Era um artilheiro, um jogador completo, um ser humano humilde, prestativo e que vivia para sua família.
Foi ele quem, no dia 29 de novembro de 1964, quando da inauguração do atual Estádio Municipal José Cavalcanti, com as ilustres presenças do Governador Pedro Gondim, do Prefeito José Cavalcanti, deputados e o ministro e escritor José Américo de Almeida, marcou o primeiro gol daquele campo. Aliás, naquele festivo dia, Dissor marcou duas vezes e seu time venceu o clássico local por 2×1.
Logo o seu futebol ultrapassou as divisas de Patos, sendo o mesmo transferido para o Botafogo de João Pessoa, aonde brilhantemente atuou de 1964 a 1970, sendo um dos artilheiros e peça fundamental do tricampeonato do Alvinegro na Maravilha do Contorno, nos anos de 68, 69 e 70.
E quando seu futebol havia ultrapassado as divisas do Estado da Paraíba, com os grandes times de Recife e de Fortaleza querendo comprar seu passe e levá-lo para aqueles centro maiores, Dissor optou por uma estabilidade financeira, assumindo um cargo no antigo Banco do Estado da Paraíba, consequentemente encerrando sua brilhante carreira. Edilson Brandão de Lucena, o Dissor, recorda com bastante saudade o fato de ter recebido as faixas de campeão paraibano pelo Botafogo em 69, das mãos do Rei Pelé, em um dia festivo para o futebol paraibano.
Comentário nosso
Conhecemos de perto, Dissô, como pessoa e como craque. Foi colega de Dona Arlene no Paraíba e tivemos a oportunidade entrevistá-lo mais de uma vez nos estádios de futebol da Paraíba, na época em que fazíamos pista, na equipe de Edleuson Franco. Continuou pela vida afora grande figura humana, simples e amigo dos amigos. A doença que o acometeu nos últimos tempo entristeceu a quantos aprendemos a admirá-lo. O futebol de Patos nunca o poderá esquecer como um dos nossos grandes craques. Aos familiares as nossas condolências. (LGLM)