Foto: divulgação/Agência Brasil
Após articulação de congressistas do PSD, o governo Lula desistiu de extinguir a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e entregou o comando da pasta a Francisco Américo Neves de Oliveira. O ato foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (20), pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Francisco Américo já foi diretor-geral do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran) e diretor da Empresa Gráfica da Bahia (EGBA), estatal baiana, na gestão de Rui Costa. Agora, passa a coordenar a Funasa, que tem 26 superintendências, uma em cada estado brasileiro.
O anúncio sobre o fim da Funasa foi feito no início de janeiro, através de uma Medida Provisória. As atribuições do órgão foram transferidas para os ministérios da Saúde e Cidades. Após a decisão, houve uma pressão do Centrão no Congresso Nacional contra a extinção da pasta.
Ribeiro na Funasa
Na semana passada, a senadora Daniella Ribeiro (presidente estadual do PSD-PB) pediu diretamente ao presidente Lula a reversão da decisão de extinguir a Funasa.
Até o ano passado, a pasta era comandada por Virgínia Veloso, ex-prefeita de Pilar e mãe dela e do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Ainda não há confirmação se Virgínia Veloso seguirá no comando da Funasa na Paraíba.
A Funasa, criada em 1991, tem atuação principal a execução de obras de saneamento em municípios pequenos – os mais atingidos com sua extinção, portanto. Por isso há interesse político em comandar a pasta.
Comentário nosso
Praticamente esvasiada e com funções que podem ser substituídas por outros órgãos do Ministério da Saúde, a FUNASA só tem uma serventia. Servir de cabide de emprego, por isso os políticos paraibanos defenderam a sua manutenção com “unhas e dentes”. Uma das defensoras mais instransigentes foi a senadora Daniella Ribeiro, cuja mãe era até o final do ano superintendente da FUNASA da Paraíba. Com a extinção da FUNASA a mãe de Daniella ia perder a “boquinha”. Ela ou outro apaniguado do grupo. (LGLM)