Acordo marca nova fase do programa BRAVE e será implantado no semiárido do Nordeste
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No dia 13 de abril, a Shell Brasil e o SENAI CIMATEC lançam, em Conceição do Coité (BA), a nova fase do programa BRAVE (Brazilian Agave Development – Desenvolvimento da Agave no Brasil). Este programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com investimento da Shell visa explorar o potencial da Agave como fonte de biomassa para a produção de etanol, biogás e outros produtos.
A nova etapa do BRAVE prevê duas frentes de atuação: os projetos BRAVE-Mec e BRAVE-Ind. O BRAVE-Mec tem como foco o desenvolvimento de soluções de mecanização para o plantio e colheita da Agave, além de desenvolver um campo experimental de testes, visando promover o cultivo e manejo de diferentes Agave, como, por exemplo, a Agave sisalana, hoje utilizada para produção de sisal, e a Agave tequilana, hoje utilizada para produção de tequila. Em paralelo, o projeto BRAVE-Ind vai desenvolver tecnologias de processamento da Agave para a produzir etanol de primeira geração e segunda geração – aquele obtido através das folhas e bagaço da planta, e outros produtos renováveis. Estes dois projetos somam-se ao Brave-Bio, projeto de pesquisa financiado pela Shell em parceria com a Unicamp, iniciado em novembro de 2022.
Evento também terá lançamento do SENAI CIMATEC Sertão
O Programa Brave é uma das primeiras iniciativas do SENAI CIMATEC Sertão, o novo campus do SENAI CIMATEC, que tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias para impulsionar o avanço social, econômico e ambiental do semiárido nordestino.
Credenciamento
Os jornalistas interessados no credenciamento devem enviar um email para comunicacimatec@fieb.org.br com dados da equipe até dia 05/04.
Será oferecido transporte para imprensa a partir de Salvador (lugares limitados).
Serviço
Evento: Lançamento do Programa BRAVE-Mec e BRAVE-Ind
Data: 13 de abril
Saída: 5h30 (3h45 de viagem)
Local de partida: SENAI CIMATEC – Av. Orlando Gomes, 1845 – Piatã – Salvador
Retorno: 12h30
Retorno: 12h30
Comentário nosso
O resgate do Agave como cultura comercial é uma notícia importante para os produtores nordestinos. Mas será que vai haver demanda para os pequenos produtores de agave. Antes havia a demanda local na fabricação de cordas e em João Pessoa havia várias fábricas que utilizavam o agave para produção de produtos diversos como cordas, tapetes e outros objetos. Mas a produção em larga escala da Bahia, terminou inviabilizando a produção artesanal do pequeno produtor nordestino, que terminou abandonando a cultura. A pergunta é: com as novas destinações do agave haverá demanda para o agave do pequeno agricultor? Os novos usos exigirão usinas para sua utilização, será possível fazê-las funcionar no interior para aproveitar a produção dos produtores interioranos? Vamos aguardar maiores informações da entidades que desenvolvem os programas. (LGLM)