Farsa repetida (seguido de comentário nosso)

By | 19/04/2023 8:42 am

Contando com complacência do PT, MST retoma invasões após hibernar sob Bolsonaro

Integrantes do MST invadem fazenda de eucalipto na Bahia – Divulgação/Coletivo de Comunicação do MST-BA

Desde o começo de abril, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra invadiu ao menos nove fazendas no país —oito em Pernambuco e uma no Espírito Santo.

Somadas às três fazendas na Bahia em março, foram 12 propriedades rurais ocupadas ilegalmente em pouco mais de cem dias do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse número já é maior do que o de todas as invasões no primeiro ano de Jair Bolsonaro (PL) —as cifras variam, de acordo com as fontes, entre 8 e 11.

Nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, a média anual era de 305 e 246 invasões, respectivamente, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em 2015, nos estertores da gestão Dilma Rousseff (PT), foram 182.

No período, mais de 72 milhões de hectares foram incorporados ao programa de reforma agrária, e cerca de 880 mil títulos de terra foram entregues a beneficiários.

Lula foi o que mais incorporou terras (47,6 milhões de hectares) e menos concedeu títulos (105,5 mil), enquanto Bolsonaro foi o que menos incorporou (72 mil) e mais distribuiu posses (402,9 mil).

Fato é que a reforma agrária não foi ignorada pelos governos brasileiros —perdeu muito do sentido como política pública, isso sim, em razão da urbanização e da produtividade da agricultura mecanizada.

A súbita retomada das invasões do MST, pois, não tem justificativa além de um exibicionismo ideológico que conta com a costumeira complacência dos sócios petistas.

Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula disse em entrevista que o MST ocupava apenas terras improdutivas. É falso, mesmo agora.

As três fazendas invadidas em março produziam celulose. Uma das áreas ocupadas em Pernambuco pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (a estatal Embrapa) e é usada para pesquisas científicas de manejo sustentável do bioma.

Não à toa, na segunda (17), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), considerou o episódio inaceitável, e a pasta emitiu nota condenando a ocupação.

Mas João Pedro Stédile, dirigente do MST, esteve na comitiva de Lula na China. O Planalto se associa a uma agremiação que faz uso de violência e só contribui para reforçar o antipetismo na sociedade.

editoriais@gurpofolha.com.br

Comentário nosso
Quando é que os baderneiros do MST vão se convencer de que suas invasões são simples bandernas e que a maioria do povo brasileiro já descobriu isso? A maioria dos participantes destas invasões são “vadios” atraídos pelas vantagens que o MST lhes oferece, enquanto participarem de suas aventuras. A maioria não é agricultor nem tem intenção de virar agricultor.  Quem conhece de perto os acampamentos sabe que a maioria só permanece nos assentamentos, enquanto o MST os alimenta e financia e depois de assentados, enquanto recebem financiamento do governo. E terminado este, até que vendam os lotes para irem participar de outros assentamentos, por si ou pelos seus parentes próximos, num círculo vicioso que não termina. Poucos são os assentados que continuam nos assentamentos, a não ser aqueles que são realmente agricultores. Aqui na nossa região, só tem tido sucesso os assentamentos onde foram assentados verdadeiros agricultores. Faça-se um censo nos assentamentos com dez anos ou mais para ver quantos dos assentados originais parmenecem assentados. Se na própria zona rural hoje é dificil encontrar quem queira trabalhar na agricultura, avalie nos assentamentos onde grande parte dos assentados vieram das periferias das cidades, já desenraizados e já acostumados a não fazer nada! Há uns quarenta anos, um velho amigo me dizia que muita gente que vive na zona rural só nasceu para ser “morador”. Nunca vai estar preparado para ser patrão. Hoje cheguei a conclusão que ele estava coberto de razão! E ainda vivo, para ver isso se confirmando a cada dia! Como não existem escolas para a agricultura, quem estuda o que se lhe oferece nas escolas, nunca vai querer ficar na zona rural. Prefere ficar vagabundando na rua ou viver pendurado na aposentadoria dos mais velhos ou nos bolsas-familias da vida. (LGLM)

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Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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