Um dia após confirmação da CPMI, desejada pela oposição, STF forma maioria e torna 100 bolsonarista réus e Torres segue mantido preso
A resposta veio do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros formaram maioria para tornarem réus 100 daqueles vândalos e, muito em especial, as duas decisões de Alexandre de Moraes que atingiram em cheio o ex-ministro Anderson Torres (Justiça), de Jair Bolsonaro: o ministro não só determinou que ele deponha à Polícia Federal sobre as eleições como decidiu mantê-lo preso.
Torres irá depor sobre o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022. Ontem, o ministro Flávio Dino (Justiça) disse que a atuação dos agentes dessa instituição abordaram mais de dois mil ônibus no Nordeste no dia da eleição.
No caso dos acusados pelos atos do dia 8, há uma lista extensa ainda com mais de 1.200 denunciados pela Procuradoria-Geral da República e que ainda passarão pelo crivo de Moraes. Sem contar uma meia dúzia de parlamentares bolsonaristas que viraram alvo de inquérito por incitarem aqueles ataques.
Ou seja, Moraes, e o tribunal, têm muita decisão a proferir ainda sobre o que ocorreu naquela tarde de domingo, e em paralelo à CPMI que tanta deseja a oposição. Sem falar em operações da Polícia Federal contra esses acusados, que ainda seguem acontecendo.
Para o Palácio do Planalto, a resposta ao oportunismo da oposição pode estar do outro lado da rua.