(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 28/04/2023)
Na noite desta sexta-feira, a professora Dra. Carminha Learth Cunha, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos, (UFCG/Patos), fez participação no Programa Polêmica, na Rádio Espinharas FM, e falou sobre o Dia Nacional da Caatinga.
Carminha trouxe dados relevantes e também preocupantes sobre o bioma Caatinga que vem sendo destruído. Atualmente, metade da Caatinga já está desmatada e com risco de danos irreversíveis se continuar no ritmo de desmatamento e com a falta de políticas ambientais.
A professora fez um alerta: ““Cerca de 75% da área do Município de Patos está sob risco de desertificação”. Diante disso, Carminha relatou que se faz necessário um olhar mais cuidadoso e o aumento da recuperação de áreas degradadas.
O bioma Caatinga é rico em diversidade e precisa gerar economia sustentável numa região em que vivem 27 milhões de pessoas. Para se ter uma idéia, os números de espécies são surpreendentes: 4.657 espécies de plantas, 403 espécies de peixes, 548 aves, 210 espécies de répteis e 183 mamíferos…algumas espécies só existem na Caatinga.
OUÇA relato de Carminha Learth:
Comentário nosso
Infelizmente, uma atividade que muito contribui para a degradação da caatinga em nossa região é a produção de carvão. Alguma coisa deveria ser feita para compensar a destruição do bioma provocada pelos carvoeiros. Como é impossível impedir a atividade, pelo problema social que implicaria, poderia, a nosso ver, ser feito um programa de reflorestamento que envolvesse os próprios produtores de carvão, alguma coisa como financiá-los para que reflorestassem, fornecendo-lhes mudas de espécies do próprio bioma da caatinga, inclusive espécies que pudessem ser aproveitadas para a carvoaria e que tivessem elas próprias capacidade de rápida recuperação. (LGLM)