(Conversa Política, no Jornal da Paraíba, em 12/06/2023)
Lideranças do PL na Paraíba – Cabo Gilberto, Nilvan Ferreira e Wallber Virgolino – preparam uma debandada caso as decisões sobre a participação do partido na disputa eleitoral em João Pessoa sejam tomadas de cima para baixo pelo presidente estadual da legenda, o deputado Wellington Roberto.
Foto: divulgação
Lideranças do PL na Paraíba – Cabo Gilberto, Nilvan Ferreira e Wallber Virgolino – preparam uma debandada caso as decisões sobre a participação do partido na disputa eleitoral em João Pessoa, nas eleições 2024, sejam tomadas de cima para baixo pelo presidente estadual da legenda, o deputado Wellington Roberto.
O movimento ganha corpo devido a possível filiação do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao PL para ser alçado a pré-candidato à prefeitura de João Pessoa ainda esta semana. O paraibano, inclusive, tem se posicionando nas redes sociais como opção dos conservadores.
O nome de Queiroga estaria sendo articulado em Brasília por Wellington Roberto e teria o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL.
Ao Conversa Política, o comunicador Nilvan Ferreira, que foi o segundo colocado na disputa em João Pessoa na eleição passada, declarou, nesta segunda-feira (12), que Wellington Roberto não pode impor “um nome do bolso dele”.
Nosso pensamento é que não vamos aceitar a interferência de Wellington Roberto na decisão sobre candidatura em João Pessoa. Quem tem que definir o candidato e a estratégia é quem foi majoritário na capital”, comentou Nilvan.
Nilvan defende que a escolha do candidato da direita passe pelo crivo dos mais bem votados na capital, ou seja, o seu próprio nome, o de Wallber Virgolino (mais votado para deputado estadual) e Cabo Gilberto (majoritário na Câmara Federal). “Nesse campo das discussões nós temos que chamar também o pastor Sérgio Queiroz, que foi o mais votado para o Senado aqui na capital. Wellington não tem voto na capital”, completou.
Mesmo entendimento tem o deputado Cabo Gilberto, que é presidente municipal do PL. Ele tem dito que entrega o comando da executiva municipal caso não tenha a autonomia e o poder de decisão para a escolha do candidato a prefeito de João Pessoa nas eleições do próximo ano.
Wallber Virgolino também cobra diálogo para a escolha de um candidato competitivo da direita conservadora. No caso dele, há um plano B. O parlamentar ensaia colocar o nome para disputa em Cabedelo caso seja rifado na capital.
Comentário nosso
Impor a candidatura de Marcelo Queiroga ao povo de João Pessoa pelo PL é, mais do que uma afronta a Cabo Gilberto, Nilvan Ferreira e Wallber Virgolino, uma afronta a João Pessoa. Afora a condição de médico que impunha respeito, do ponto de vista político, Marcelo só ganhou expressão como “puxa-saco” de Bolsonaro e responsável por uma péssima e apagada passagem pelo Ministério da Saúde, onde só fez vergonha aos seus conterrâneos. (LGLM)