Misael Nóbrega de Sousa, jornalista.
Essa história, de apenas aos partidos ser permitida a atuação política, está muito fora de moda. A ideologia, como corrente de pensamento e bandeira de luta, estimulando a expressão de relações entre classes sociais, foi para o espaço faz tempo. Prova disso, são os conchavos às vésperas das eleições para ampliar as chances das coligações na direção de um projeto eleitoral particular. E que se danem os procedimentos articulados e a fidelidade. As conveniências acabam criando as “famigeradas” legendas de aluguel. E são essas “alianças estratégicas” que geram uma confusão na cabeça do eleitor que, desorganizado socialmente, passam a não mais participar do processo, justamente, pela ausência de preceitos éticos, culturais, moralistas e de respeito. “A punição que os bons sofrem quando se recusam a agir é viver sob o governo dos maus” (…). Não é preciso ir lá em Platão para confirmar que a arte da política foi desvirtuada na prática. Destaco a resistência dos coletivos que, por conta de suas atuações dialógicas, buscam modificar o cotidiano das cidades, atentando as pessoas para não fugir às suas responsabilidades. O fato é que a política precisa se reconectar com a sociedade para não afugentar os homens de bem. Temos que fazer surgir novos líderes, quebrando essas estruturas rígidas de poder, em favor da democracia… – Que aos poucos vem sendo asfixiada por ela mesma.
Comentário nosso
Tem toda a razão o colega Misael. Os partidos políticos se abastardaram, assim como os políticos em sua maioria se prostituiram. E deu no que deu. Os parlamentares brasileiros vivem de fazer conchavos, para atender exclusivamente aos próprios interesses. E não fica ninguém para defender os nossos interesses, ficando na responsabilidade apenas da imprensa independente denunciar as maracutaias e conchavos. (LGLM)