Patos aparece entre as 50 cidades mais violentas do Brasil, diz Anuário de Segurança Pública (seguido de comentário nosso)

By | 20/07/2023 7:17 pm

Por outro lado, a Paraíba é o 10º estado menos violento do país, conforme o mesmo levantamento.

Os municípios de Santa Rita e Patos estão na lista das 50 cidades mais violentas do Brasil no ano de 2022, levando em consideração os municípios com 100 mil habitantes ou mais. Os dados são do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, divulgado nesta quinta-feira (20).

A categoria tem como base as mortes violentas intencionais, que consideram as vítimas de homicídio doloso – incluindo feminicídios e policiais assassinados -, roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de intervenções policiais.

Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa ocupa a 20ª posição no ranking das cidades mais violentas do país, com uma taxa de 56 mortes por 100 mil habitantes.

Já Patos, no Sertão do estado, está 33º lugar da relação, com o registro de 47,5 mortes a cada 100 mil habitantes.

As informações foram coletadas com Secretarias Estaduais de Segurança Pública e Defesa Social, com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é um levantamento realizado desde 2007 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e é produzido a partir de dados e indicadores oficiais.

50 cidades mais violentas do Brasil

Cidade Estado Taxa de mortes violentas a cada 100 mil habitantes
Jequié Bahia 88,8
Santo Antônio de Jesus Bahia 88,3
Simões Filho Bahia 87,4
Camaçari Bahia 82,1
Cabo de Santo Agostinho Pernambuco 81,2
Sorriso Mato Grosso 70,5
Altamira Pará 70,5
Macapá Amapá 70
Feira de Santana Bahia 68,5
Juazeiro Bahia 68,3
Teixeira de Freitas Bahia 66,8
Salvador Bahia 66
Mossoró Rio Grande do Norte 63,5
Ilhéus Bahia 62,1
Itaituba Pará 61,6
Itaguaí Rio de Janeiro 61,6
Queimados Rio de Janeiro 61,2
Luís Eduardo Magalhães Bahia 56,5
Eunápolis Bahia 56,3
Santa Rita Paraíba 56
Maracanaú Ceará 55,9
Angra dos Reis Rio de Janeiro 55,5
Manaus Amazonas 53,4
Rio Grande Rio Grande so Sul 53,2
Alagoinhas Bahia 53
Marabá Pará 51,8
Vitória de Santo Antão Pernambuco 51,5
Itabaiana Sergipe 51,2
Caucaia Ceará 51,2
São Lourenço da Mata Pernambuco 50,3
Santana Amapá 49,4
Paragominas Pará 49,3
Patos Paraíba 47,5
Paranaguá Paraná 47,3
Parauapebas Pará 46,9
Macaé Rio de Janeiro 46,7
Caxias Maranhão 46,5
Parnaíba Piauí 46,3
Garanhuns Pernambuco 44,9
São Gonçalo do Amarante Rio Grande do Norte 44,9
Alvorada Rio Grande do Sul 44,8
Jaboatão dos Guararapes Pernambuco 44,6
Duque de Caxias Rio de Janeiro 44,3
Almirante Tamandaré Paraná 44,2
Castanhal Pará 44,2
Campo Largo Paraná 43,3
Porto Velho Rondônia 42,1
Ji-Paraná Rondônia 41,8
Belford Roxo Rio de Janeiro 41,8
Marituba Pará 41,6
Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Paraíba é o 10º estado menos violento do país

A Paraíba é o 10º estado menos violento no Brasil, com 1.036 mortes violentas intencionais notificadas em 2022.

Em comparação com os últimos 10 anos, houve uma queda de 33,16% no indicador, já que no ano de 2012 foram registradas 1.540 mortes violentas intencionais.

Desde 2012, esse também foi o 2º menor saldo de mortes desse tipo, ficando atrás apenas de 2019, quando foram 942 notificações.

O número paraibano ainda é o 3ª menor do Nordeste, ficando atrás de Sergipe, com 768 mortes violentas; e do Piauí, com 818.

Veja dados de destaque sobre mortes violentas na Paraíba em 2022:

  • 34 vítimas de roubos seguidos de mortes;
  • 6 policiais foram mortos em confronto;
  • 41 vítimas de intervenções policiais.
Arma de fogo — Foto: Reprodução/RPC
Arma de fogo — Foto: Reprodução/RPC

Com queda de 14%, João Pessoa registra quase 200 mortes violentas em 2022

João Pessoa registrou 185 mortes violentas em 2022, sendo nove latrocínios, nove óbitos decorrentes de intervenções policiais e quatro feminicídios.

Em relação ao ano de 2021, quando 214 mortes violentas foram notificadas, houve uma redução de 14% no indicador.

Entre todas as capitais brasileiras, João Pessoa tem 8º menor número de mortes violentas registradas em 2022. Já na região Nordeste, a capital paraibana tem o melhor resultado.

Comentário nosso

É uma estatística muito triste para nós estarmos em segundo lugar no Estado, como a cidade mais violenta, ao mesmo tempo que figuramos como uma das cinquenta cidades mais violentas nos país. Apesar do bom trabalho que polícias civil e militar vêm fazendo. Pela relação acima, os Estados com maior número de cidades entre as mais violentas são a Bahia, com doze cidades (quase 25%) Pará com sete, Rio de Janeiro com seis, Pernambuco com cinco, Paraná com três, Paraíba, Rondônia, Piauí, Ceará, Sergipe, Amapá e Rio Grande do Norte com duas e Maranhão, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O sucesso é Alagoas não figurar com nenhuma, já que sempre foi conhecida pela violência.  Uma observação. Vimos em algumas redes sociais a insinuação de que esta estatística se referia ao Governo Lula. Mais uma “fake news”, Os números são do ano de 2022, só agora sistematizados e divulgados. Mesmo assim não quer dizer que a culpa seja do Governo Federal. Este pode ter uma dose de culpa por ter disseminado a venda de armas, mas os governadores estaduais também tem a sua parcela de culpa quando descumpriram sua função de também vigiarem a segurança pública. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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