Jamerson Ferreira destacou que a terceirização da coleta de lixo se torna um ônus tanto para a população, que arca com as despesas, quanto para o município.
(Felipe Vilar, com assessoria, no Patos Online, em 20/07/-2023)
O vereador Jamerson Ferreira criticou durante a sessão ordinária desta terça-feira (18), os altos gastos com a coleta de lixo na cidade de Patos, no Sertão da Paraíba. Segundo o parlamentar, a prefeitura opta por terceirizar o serviço, o que resulta em um custo exorbitante para os cofres públicos, em torno de R$ 400 mil, quando poderia ser realizado de forma mais econômica pela própria administração municipal, através da aquisição de veículos coletores e contratação de pessoal.
Jamerson Ferreira destacou que a terceirização da coleta de lixo se torna um ônus tanto para a população, que arca com as despesas, quanto para o município. Ele questionou a falta de investimentos na estrutura municipal para lidar com essa questão essencial para a cidade.
De forma irônica, o vereador mencionou a ação do Deputado Hugo Mota, filho do prefeito de Patos, Nabor Wanderley, ao destinar uma emenda parlamentar para a aquisição de veículos coletores para a cidade de Pombal, também localizada no Sertão da Paraíba. Ele sugeriu que o prefeito de Patos recorresse ao mesmo deputado para obter recursos em Brasília, ressaltando a contradição de destinar verba para outra cidade enquanto Patos enfrenta problemas na gestão do lixo.
“Queria sugerir ao prefeito de Patos o nome de um deputado bom para conseguir essa verba em Brasília, Hugo Mota, filho do prefeito de Patos. Não dá para entender porque ele conseguiu uma verba para a cidade de Pombal e não trouxe para Patos”, criticou o vereador Jamerson Ferreira.
É importante ressaltar que, desde o ano passado, os moradores de Patos passaram a ser cobrados por uma taxa de lixo no município. Para o vereador Jamerson, a contratação de serviços de coleta de lixo externos não apenas gera despesas adicionais para os cidadãos, mas também onera os cofres públicos.
A discussão levantada pelo vereador Jamerson Ferreira evidencia a necessidade de se rever a política de gestão do lixo em Patos, buscando soluções mais eficientes e econômicas para atender às demandas da população e garantir a adequada destinação dos resíduos sólidos, ao mesmo tempo em que se busca minimizar os impactos financeiros para o município.
Comentário nosso
Coleta e transporte de lixo é a maior fonte de propina de qualquer prefeitura. Na época de auditor fiscal do trabalho, encontramos vários contratos de limpeza pública e coleta de lixo fajutos, com prefeituras que contratavam empresas para fazer a varrição e coleta de lixo e trabalhadores pagos pela prefeitura é que faziam o serviço. Entre outras mutretas. Na mesma época numa fiscalização feita na empresa que prestava o serviço à prefeitura de Patos, formos informados que o contrato anterior tinha vencido e a prefeitura estava preparando uma nova licitação. Segundo nos informaram na época, o prefeito Ivanes Lacerda havia contratado um engenheiro para fazer um orçamento de quanto custaria o serviço para Patos e o engenheiro avaliou o custo em trezentos mil reais. Não soube depois mais sobre a licitação. Agora a prefeitura contratou uma empresa para transportar o lixo de Patos para um aterro sanitário fora de Patos. Quanto custa esse serviço? Como é pago o serviço? Será pelo peso do material transportado? Onde fica a balança que faz a pesagem? Quem confere a pesagem? Tem muita razão o vereador Jamerson Ferreira em achar estranho o custo deste serviço. Parabéns ao ilustre vereador por levantar a questão. É muito estranho Hugo conseguir verba para Pombal adquirir carros-cuca para fazer o serviço e não se interesse por que Patos tenha uma empresa própria de coleta de lixo. Seria bom que se fizesse uma fiscalização criteriosa sobre esta prestação de serviço para ver se o custo é condizente com o serviço prestado. (LGLM)