AS ANDANÇAS DA BANDA DE MÚSICA

By | 26/07/2023 8:08 am

(José Romildo Sousa, Escritor, poeta, historiador e consultor cultural, no Facebook, em 26/07/2023)

Não foram poucos os locais aonde a Filarmônica 26 de Julho se estabeleceu aqui em Patos, como sede para realizar seus ensaios, guardar os instrumentos, estantes, partituras e repassar para os músicos os roteiros das suas tocatas.
Sua primeira sede ficava situada em frente à Igreja Evangélica da Pedro Firmino, onde é hoje o Empório Pharma – Farmácia de Manipulação; dali saiu para o prédio onde funcionou a Casa de Saúde de Dr. Estácio, atualmente Edifício Neuza Brandão. A residência do Senhor Sebastião Soares, em frente à Rua Espinharas foi também por um bom tempo sede da banda. Em seguida, foi ela transferida para a Bossuet Wanderley, pertinho de onde morou o Dr. Edmilson Lúcio; seguindo depois para a Usina da Luz, que ficava na rua Antenor Navarro, por traz do Hotel J.K.
A Banda esteve também num salão da Roldão Meira, perto do Baicora, no prédio onde funcionou na Miguel Sátyro a Prefeitura Municipal; voltou para a Usina da Luz e depois foi para a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Patos (ACIAP).
Por certo período, a Filarmônica se instalou também na parte de cima do bar de Pedro Moisés, no estabelecimento vizinho onde funcionou a BRAHMA, na Horácio Nóbrega; permaneceu ainda na casa de Joaquim do Padre, bem ao lado do Cemitério Eclesiástico, no local onde existiu a “Pelota”. Saiu dali para o antigo Tiro de Guerra 07-152, o da Floriano Peixoto; e, finalmente, após 62 anos de caminhada, foi residir em definitivo em sua sede própria, no antigo prédio do Açougue Público de Patos, o que aconteceu na gestão do Prefeito Ivânio Ramalho.
Para que esta iniciativa tão almejada acontecesse, um arrojado projeto foi elaborado, onde até o famoso arquiteto Régis Cavalcante foi consultado. Com a supervisão do Engenheiro Antônio Eliton, que na época era secretário de obras, o antigo prédio onde funcionou o Açougue Público de Patos, o da praça João Pessoa, foi remodelado e entregue solenemente a Banda de Música no seu 62º aniversário. Naquela oportunidade, por solicitação do Prefeito Ivânio Ramalho, montamos juntamente com Marconi Araújo no prédio restaurado, na sala que leva o nome do Maestro Pedro Morais, uma permanente exposição fotográfica, onde toda a evolução histórica das nossas bandas ficou ali retratada, desde a primeira de que se tem notícia até a 26 de julho dos dias atuais. Infelizmente, devido ao enorme trabalho investido na obra, culminando com um importante evento que foi realizado para se inaugurar pela primeira vez uma sede própria para a banda, os coordenadores não atentaram para a necessidade
de oficializar o ato. E assim, a iniciativa tornou-se insustentável, pronta para ser desfeita a qualquer momento e, foi o que aconteceu, com o surgimento da ideia de ali instalar um Centro de Cultura.
Passados algum tempo, o espaço que era destinado como sede definitiva da Banda foi transformado no Centro de Cultura Amaury Carvalho e, mais uma vez a banda mudou-se de endereço, indo se situar no antigo mercado do bairro do Belo Horizonte. Por não ser um espaço idealizado para este fim, os músicos tiveram grandes dificuldades para se adaptarem a nova “moradia”.
Entretanto, na gestão do prefeito Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, foi sancionada a Lei nº 3.858 de 26 de abril de 2010, que assim se manifestava: “fica desafetado e oficializado como sede própria da Filarmônica 26 de Julho, o prédio onde funciona atualmente a referida Filarmônica, localizado entre as ruas Panati, Assis Chateaubriand e Antônio Urquiza, no bairro Belo Horizonte, nesta cidade de Patos, pertencente à Prefeitura Municipal”. Este prédio foi inaugurado em 28 de novembro de 2009, com direito a discursos e aposição da placa.
Necessário se faz, já que a banda tem uma sede devidamente oficializada, que este equipamento passe por uma ampla reforma, para oferecer aos componentes da Filarmônica 26 de Julho conforto e espaço apropriado para realizarem a contendo as suas atividades musicais.

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Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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