Quando Romeu Zema abre a boca

By | 08/08/2023 10:29 am

Orgulho do partido Novo, Romeu Zema coleciona um rol nada seleto de pérolas

 

(Guilherme Amado, no Metrópoles, em 
Romeu Zema discursa cestindo uma camisa azul com botões brancos | Metrópoles

As falas que Romeu Zema cometeu na entrevista para Monica Gugliano e Andreza Matais, quando defendeu uma união do Sul e do Sudeste contra o Norte e o Nordeste, unem-se a um rol nada seleto de outras pérolas proferidas pelo governador de Minas Gerais, orgulho do partido Novo. A coluna selecionou algumas delas.

Durante a pandemia, em outubro de 2021, em uma entrevista coletiva em que anunciava a parcela única de R$ 600 do auxílio emergencial para pessoas em extrema pobreza, Zema disse que muitas pessoas acabariam gastando o dinheiro de uma só vez no “boteco”. “Nós sabemos, infelizmente, que muitas pessoas, ao receberem esse dinheiro, não fazem uso adequado do mesmo, vão para o bar, para o boteco, e ali já deixam uma boa parte ou quase a totalidade do que receberam. Então, se ele (auxílio emergencial) fosse pago de forma parcelada, muito provavelmente a sua efetividade social teria sido maior”, disse, sem embasamento para o que dizia, bem ao gosto do bolsonarismo.

– Em entrevista ao jornal O Globo, em 2019, o governador afirmou que “não via sentido” em haver estabilidade trabalhista para motorista e faxineiro.

– Sobre o 8 de janeiro, pôs radicaIs e o governo federal no mesmo barco de responsabilidades. O governo teria agido propositalmente. “Parece-me que houve um erro de uma direita radical, que, lembrando, é uma minoria. E houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizessem posteriormente de vítima. É uma mera suposição. Mas as investigações é que vão apontar se foi isso mesmo que aconteceu ou não, porque o que se demostrou naquele domingo foi uma lerdeza gigantesca de quem está ali para poder defender as instituições”, disse, à Rádio Gaúcha.

– Os dramas de seu estado também não despertam empatia. Certa vez, chamou a tragédia em Brumadinho de “incidente”. “Não tem faltado, por parte da empresa neste momento, assumir esse compromisso. Parece que desta vez eles reconheceram o erro, apesar do incidente”, disse.

– O governador vez por outra também esbanja seu repertório ilustrado. Certa vez, em entrevista a um podcast mineiro, perguntou se a escritora mineira Adélia Prado, ganhadora do prêmio Jabuti e um dos maiores nomes do estado na literatura nacional, trabalhava na Rádio Minas, onde acontecia a entrevista.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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