O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Amaro, está confiante de que o 7 de Setembro deste ano será um sucesso e ocorrerá em absoluto clima de normalidade institucional e democrática. Em conversa com a Coluna, ele disse que o dimensionamento de efetivos foi decidido com base em análise multilateral e fez questão de reforçar: “Não há ameaças, mas há atenção maior”.
Para o general, o sucesso será “a presença das pessoas, vibrantes com a data, alegres com o 7 de Setembro”, concluiu.
Em Brasília, o governo do Distrito Federal prepara um esquema de segurança de grandes proporções para o primeiro desfile cívico-militar do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Secretaria de Segurança Pública não quer arriscar uma reedição do levante de 8 de Janeiro e, para isso, mobiliza tropas equiparáveis ao contingente empregado na posse presidencial do início deste ano. O aparato é reforçado com a Inteligência da Polícia Militar do DF (PMDF) apontando para a ausência de risco no feriado de 7 de Setembro.
Há atenção também nas outras unidades da federação. Como informou o Estadão, o Exército vai mobilizar 17 mil homens no desfile cívico de 7 de setembro nas sedes de oito comandos da área da Força terrestre.
O número é inferior ao mobilizado em 2022, quando o País comemorou os 200 anos da Independência. Mas, apesar de não ser esperado nenhum discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a exemplo do que seu antecessor Jair Bolsonaro fizera nos anos anteriores para seus seguidores em Brasília, no Rio e em São Paulo, o risco de confusão permanece.
O desfile cívico-militar em Brasília
O desfile do 7 de Setembro, em Brasília, deve contar com a participação de cerca de dois mil militares, que irão desfilar pela Esplanada dos Ministérios e fazer demonstrações aéreas na capital federal. A expectativa do Palácio do Planalto é que 1.000 membros do Exército Brasileiro, 600 da Marinha do Brasil e 400 da Força Aérea Brasileira (FAB) realizem uma marcha para um público estimado de 30 mil pessoas.
Lula gastou R$ 3 milhões em evento, e espera despolitizar feriado vinculado à Bolsonaro
O governo tenta desvincular o feriado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que explorava a data nacional para realizar atos políticos. Na contratação da empresa que vai fazer a montagem e organização do desfile do Dia da Independência, Lula gastou R$ 3 milhões, valor mais do que o dobro gasto por Bolsonaro em seu primeiro ano de mandato.