(Portal WSCOM, 22/09/2023)
O deputado federal Cabo Gilberto (PL) foi destituído da presidência do PL em João Pessoa. A informação já consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Gilberto ocupava a presidência municipal desde abril.
A comissão municipal do partido em João Pessoa, anteriormente liderada por Gilberto, teve sua vigência encerrada nessa quinta-feira (21), em decorrência de uma “decisão do partido”.
A ação é mais um capítulo do conflito entre Gilberto e o presidente estadual do partido na Paraíba, o também deputado federal Wellington Roberto (PL).
O imbróglio envolve a candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) como prefeito de João Pessoa.
Comentário nosso
Na realidade, Bolsonaro estaria por trás da decisão de tirar de Cabo Gilberto da direção do diretório municipal do PL em João Pessoa, uma vez que o deputado seria contra a candidatura que o ex-presidente quer impor em João Pessoa, a do desastrado ex-ministro da Saúde de seu governo Marcelo Queiroga. Com profundas relações de parentesco com Patos, Marcelo era um conceituado profissional da Medicina paraibana até se conluiar com Bolsonaro para ser seu “pau-mandado” durante a desastrosa condução do combate à pandemia da COVID. Como Bolsonaro está no “purgatório” da política, podindo chegar em breve ao “inferno”, seu apoio pode se transformar em um tóxico capaz de destruir qualquer candidatura em 2024. O fato de ter sido destituído do cargo de presidente municipal do PL em João Pessoa, pode dar ao Cabo Gilberto a justificativa de deixar o partido sem perder o seu mandato, possibilitando um sua candidatura a prefeito da capital, por outro partido em 2024. Não sei se antipatia de Bolsonaro contra ele pode ser forte ao ponto de fazê-lo competitivo como candidato a prefeito de João Pessoa. Ou talvez até o ajude numa eventual disputa da reeleição em 2026. Nós nos referimos à possibilidade de Cabo Gilberto sair do PL, sem ter o seu mandato contestado, por que deputados só poderão mudar de partido quando se prepararem para disputar a reeleição. A janela partidária, que permite a parlamentares deixar seus partidos sem perderem o mandato, só beneficia, em 2024, aos atuais vereadores, conforme entendimento esposado pelo TSE desde 2018. (LGLM)