Segundo ele, as áreas mais afetadas são as comunidades dos sítios Trincheiras, Mocambo, Serrota, Carnaúba, e outros sítios na zona rural dos dois municípios
O agricultor e líder comunitário, Zezão da Boiadeira, juntamente com demais agricultores dos municípios de Patos e São José de Espinharas, procuraram o Patosonline.com, para cobrar do Governo da Paraíb a liberação das águas das comportas da Barragem de Capoeira, situada no município de Santa Teresinha, para garantir o sustento dos animais que encontram-se nas comunidades.
“Eu tô fazendo um apelo em nome de todos os agricultores dos municípios de Patos e São José de Espinharas, para a AESA soltar a água da Barragem de Capoeira, porque os nossos animais estão morrendo de sede”, disse Zezão.
Segundo ele, as áreas mais afetadas são as comunidades dos sítios Trincheiras, Mocambo, Serrota, Carnaúba, e outros sítios na zona rural dos dois municípios, onde o leito do Rio Espinharas está completamente seco e com a vegetação também seca.
SOBRE A BARRAGEM
Atualmente, a Barragem de Capoeira está com 12.060.634 metros cúbicos de água, o mesmo que 22,56% de seu volume total. Os dados são desta segunda-feira, 30 de outubro. As águas que saem do manancial encontram o Rio Espinharas, e após passar por Patos seguem para o município de São José de Espinharas, até chegar ao estado vizinho do Rio Grande do Norte.
Recentemente, o técnico da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA) em Patos, Mozart Marques, explicou que a abertura da comporta foi realizada no mês de agosto, atendendo a solicitações da população ribeirinha. Segundo Mozart, pelo menos oito ofícios oriundos de associações de moradores foram enviados pedindo a liberação de água pela comporta, devido às dificuldades enfrentadas no trecho do rio.
Comentário nosso
A barragem de Capoeiras tinha uma destinação primordial que era abastecer um projeto de irrigação implantado no local, há mais de trinta anos, motivo de atração para muitos dos ribeirinhos que adquiriram terra na região. Depois a água passou a ser destinada também a reforçar o abastecimento dágua da cidade de Patos e mais recentemente ao abastecimento dágua total das cidades de São José do Bonfim e Santa Terezinha. O desperdício dágua hoje ocorrente ameaça todas estas destinações, o que, a nosso ver, deveria ser minimizado o máximo possível e não aumentado como querem os reclamantes. Interessante é que a foto que ilustra a matéria mostra um empoçamento dágua que não deveria existir. (LGLM)