(Jozivan Antero – Polêmica Patos, em 11/11/2023)
A cada dia, os trabalhadores estão mais atentos para evitar acidentes de trabalho, mas estes acabam acontecendo e um dos fatores para evitá-los, ou mesmo diminuir a incidência, é a precaução, educação, consciência e a orientação de profissionais capacitados.
Na tarde desta sexta-feira, dia 10 de novembro, o professor e engenheiro Leandro Arruda, do Curso de Segurança no Trabalho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Patos (IFPB), foi o entrevistado no programa Polêmica, na Rádio Espinharas FM.
O professor falou sobre várias questões relacionadas à segurança no trabalho, as consequências para a saúde do trabalhador e revelou números assustadores de acidentes e dos gastos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do próprio Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2021, em decorrência de acidentes de trabalho ou adoecimentos ocupacionais, foram gastos mais de 2 milhões e 500 mil reais.
No Brasil, por dia, acontecem 7 mortes decorrentes de acidentes de trabalho. Em Patos, em 2022, aconteceram 53 acidentes que foram notificados.
Leandro Arruda também falou sobre a empresa Novo Rumo, que presta consultoria e assessoria em segurança e saúde no trabalho, e é formada por tecnólogos e técnicos em segurança no trabalho do próprio IFPB/Patos. Criada em 2018, a empresa é uma das referências no sertão paraibano e está em pleno funcionamento com espaço no IFPB/Patos. Além dos telefones (83) 9 9944 9261 / 9 8870 9857 e 9 8155 6772, a empresa pode ser contatada pelo https://www.instagram.com/empresa_novorumo.sst/
Veja entrevista na íntegra:
Comentário nosso
A culpa é em grande parte dos empresários da construção civil que muitas vezes não se preocupam com proporcionar a segurança necessária aos seus empregados, tomando as medidas exigidas pela legislação trabalhista e fornecendo equipamentos de segurança aos seus empregados. Mas uma parte da culpa é dos próprios trabalhadores. Muitos dizem que é “frescura” usar capacete, cinto de segurança, botas, abafador de ruido, óculos de proteção e outros equipamentos. Vi isso de perto em vinte e cinco anos de fiscalização do trabalho. Mas entre os autônomos, ou sejam, os que trabalham para si, também há muito descuido no uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual), alegando que já estão acostumados com o serviço e não correm nenhum risco. De qualquer maneira, parabéns ao Jozivan e ao professor Leandro por levantarem a questão e fazer o alerta para os perigos existentes de acidentes de trabalho, que além da despesa para o INSS vivem aleijando e até matando trabalhadores. (LGLM)