A Câmara Municipal de Patos concedeu o 1º Título Honorífico de Cidadão patoense a uma mulher trans. O feito, que entra pra história do Poder Legislativo Mirim, aconteceu durante Sessão Ordinária realizada no último dia 30 de outubro. Sheyla Ferreira de Araújo, cujo nome social foi oficializado em abril de 2018, após pedido protocolado na justiça, recebeu das mãos da presidente da casa Juvenal Lúcio de Sousa, Tide Eduardo (União) a honraria. “Agradeço inicialmente a Deus, a minha família e, principalmente, a presidente Tide e todos os vereadores e vereadoras que aprovaram por unanimidade essa honraria”, expôs, emocionada, a mulher trans durante pronunciamento na tribuna.
Sheyla Massarara, como é mais conhecida, é natural da cidade de Coremas-PB. Ela fixou residência em Patos no ano de 2003, onde se estabeleceu como cabelereira e maquiadora. Sem sucesso, ela já disputou uma vaga na Câmara em quatro eleições.
Para a presidente Tide Eduardo, esse reconhecimento é oportuno, especialmente nesse momento onde o tema diversidade humana tem sido recorrente. “Não podemos mais ignorar essa temática. Mais que respeito, é preciso que os poderes constituídos consolidem iniciativas que respeitem a diversidade e a consciência sobre todos os pontos que o tema envolve e que possam promover um convívio civilizado em sociedade”, afirmou a parlamentar, fundamentando seu projeto que entra pra história do Poder Legislativo de Patos como pioneiro.
Mulher trans
Uma mulher trans, segundo publicação no Wikepédia, é uma pessoa à qual foi atribuído o sexo ou género masculino, ao nascer, mas cuja identidade de gênero é feminina. Em razão da disforia de gênero, mulheres trans podem fazer a transição de gênero. Tal processo comumente inclui terapia de substituição hormonal e, às vezes, cirurgia de redesignação sexual. Mulheres trans podem ser heterossexuais, bissexuais, homossexuais, assexuais, entre outras categorias não heteronormativas ou queer.
Comentário nosso
Homenagem merecida. Consideramos justo o título quando concedido a pessoas que se fizeram patoenses, adotando a nossa cidade como sua moradia e aqui se integrando como profissional e como cidadão, inclusive prestando serviços sociais à comunidade, como reconhecidamente faz Sheila, cujos serviços são reconhecidos na sua comunidade. Para nós indiferente que estes cidadãos sejam homens ou mulheres, originais ou trans. Parabéns à Câmara pela unanimidade e a justiça na concessão e a Sheila pela conquista. Ela merece. Pena que não tenha obtido sucesso em suas tentativas de chegar a esta casa, que certamente não desmereceria, como muitos têm desmerecido. (LGLM)