Em discurso na Tribuna da Câmara Municipal, o parlamentar mirim disse que esses acordos, que primam pelos benefícios individuais de cada um, não trazem nenhum benefício para a população.
Tem muita razão o vereador Zé Gonçalves, hoje sindicalista, mas que já foi ligado ao atual governante. Embora todo mundo tenha direito a aprender e mudar. Com a morte de Dinaldo Wanderley, Patos perdeu uma das suas maiores lideranças políticas dos últimos trinta anos. Dois mandatos seguidos de prefeito, um mandato de deputado estadual e outro mandato de deputado estadual da esposa Edna Wanderley. No mesmo período, a outra grande liderança concorrente foi Francisca Motta, a verdadeira líder do grupo que disputava com Dinaldo. Lideranças efêmeras como Ivânio Ramalho e Érico Djan, não chegam nem aos pés de Dinaldo e Francisca. Nabor, figura inexpressiva até Francisca o eleger prefeito à primeira vez vem se aprimorando e surge dentro do grupo como um herdeiro natural da liderança dela, a nível municipal, já que o outro candidato a herdeiro, seu neto Hugo, ganhou expressão estadual e nacional, podendo influir financeiramente nos seus redutos, mas dificilmente se inclinar para as disputas municipais. Na oposição, a liderança mais promissora ainda continua a ser o Dr. Ramonilson Gomes, que teve uma excelente votação para prefeito em 2020, mas a quem faltou suporte financeiro nas eleições estaduais, embora permaneça alimentando as esperanças da maioria dos eleitores independentes. O PT agora alimenta uma candidatura majoritária do seu presidente estadual, ex-vereador Edileudo Lucena, mas ninguém sabe até que ponto, a pretensão do partido é uma candidatura majoritária própria ou tentar um garupa na chapa do grupo Motta como aconteceu com o candidato “prego batido e ponta virada” Lenildo Morais, em 2020. Como Nabor certamente pensa em uma possível candidatura a deputado estadual em 2026, dificilmente qualquer outro candidato que não fosse caninamente fiel ao grupo terá chance de figurar na chapa majoritária como candidato a vice e a ganhar oito meses de mandato de prefeito e a dar suporte eleitoral para uma pretensa candidatura de Nabor a deputado. Se Edileudo persistir na sua intenção de ser candidato majoritário pode ser uma alternativa para reunir em torno de si a oposição, no caso de Ramonilson não topar uma outra tentativa. A nosso ver, ou a oposição se une em torno de uma chapa só, ou não terá nenhuma chance de derrotar Nabor. E uma oposição sem chances dificilmente conseguirá eleger uma bancada de oposição que não se renda, logo após às eleições, aos “lindos olhos” do gestor que se eleja. Patos precisa urgentemente de uma oposição forte, ou continuaremos, em termos políticos, cantando “a cantiga da perua, de pió a pió”. As lideranças que estão aparando as sobras da admnistração de Nabor e se entregando a ele a uma ano da eleição, dão uma demonstração inequívoca de que não tem votos e que jamais teriam a veleidade de se lançarem em uma candidatura a prefeito. Érico Djan se elegeu deputado, no vácuo deixado pelo esvaziamento do grupo de Dinaldo, apesar da ironia de ser casado com uma sobrinha do saudoso ex-prefeito. Ainda haverá figuras de pouca expressão que podem ameaçar com candidaturas alternativas, mas na sua maioria o farão pensando em tirar proveito disso e receber algum afago do atual prefeito, no loteamento dos cargos de uma falada reforma administrativa no início do ano que vem. Acredito, que há chances para a oposição, pois só aparentemente, apesar de enquetes e pesquisas fabricadas, Nabor tem agradado a todos. A quase unanimidade que reuniu na Câmara de vereadores não se deve ao reconhecimento de sua excelência como gestor, mas ao atendimento aos interesses pessoais de cada um. (LGLM)