STF e Piso da Enfermagem: “Meu sentimento é de impotência de ver o desrespeito, de ver a Constituição ser regada na nossa cara”, diz representante do COREN em Patos (com comentário nosso)

By | 20/12/2023 9:46 am

 A representante do Coren-PB na região de Patos, Maryama Naara, expressou descontentamento com a decisão

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria, manter as 44 horas semanais como referência para o pagamento do piso salarial nacional da enfermagem. Além disso, determinou a negociação coletiva regionalizada sobre o pagamento do piso no setor privado.

Prevaleceu o entendimento do ministro Dias Toffoli, que defendeu as 44 horas semanais como referência e autorizou a redução salarial, com pagamento proporcional do piso em caso de redução de jornada.

O impacto da decisão se concentra principalmente sobre o pagamento dos profissionais celetistas que atuam em hospitais privados. No caso dos profissionais de enfermagem do setor público, o Supremo já havia validado o pagamento imediato do piso em ocasião anterior.

A representante do Coren-PB na região de Patos, Maryama Naara, expressou descontentamento com a decisão. Em áudio enviado à nossa produção, Maryama afirmou que o STF piorou significativamente a situação do pagamento do Piso da Enfermagem. Ela destacou a sensação de impotência e desrespeito diante da decisão.

“Meu sentimento hoje é de impotência de ver o desrespeito, a desordem de ver a Constituição ser regada na nossa cara”, disse a representante do Coren em Patos.

Ouça abaixo a fala de Maryama Naara:

Maryama Naara – Áudio: Reprodução/Patosonline.com

Áudio enviado por Maryama Naara ao Patosonline.com e a outros veículos de imprensa de Patos       

Comentário nosso
O STF uso de dois pesos e duas medidas. Não mexeu no piso dos servidores públicos de enfermagem, mas minimizou o custo para as clínicas e hospitais.  Na rede pública o Governo Federal vai ajudar os outros entes a suportar o aumento da folha de pagamento e na iniciativa pisada, manteve o resultado financeiro para o trabalhador e diminui os custos para as empresas. O empregado vai trabalhar um pouco mais para receber o mesmo piso com que contava, enquanto as empresas podem diminuir um pouco o número de empregados, com a mesma despesa na folha. Em tese a empresas usarão dois empregados com o valor que pagariam por três.

Comentário

Category: Nacionais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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