(Jozivan Anterno, no Polêmica Patos, em 02/01/2023)
Realizando serviços diversos nas escolas da rede estadual de educação, de forma terceirizada, os trabalhadores contratados pela Empresa Saile estão denunciando atrasos constantes de salários, não pagamento da segunda parcela do 13º salário e a falta de comunicação de férias coletivas.
A Empresa Saile presta serviço à Secretaria de Educação do Estado da Paraíba e tem sido denunciada de forma constante pelos trabalhadores. Eles dizem que não existe respeito aos direitos trabalhistas e que nenhuma providência para evitar as humilhações são tomadas pela Secretaria de Educação.
O caso foi levado ao conhecimento do próprio Governador João Azevedo (PSB) quando de sua visita a cidade de Patos. O Governador relatou que desconhecia a situação e que todas as empresas contratadas pelo Governo da Paraíba estão recebendo em dia.
A reportagem do Polêmica tentou contato com a Empresa Saile por meio do telefone (83) 9 9698-1762. O número dispõe de logomarca da empresa no WhatsApp, foi confirmado pelos trabalhadores como sendo da empresa, porém, ninguém responde.
Essas terceirizações de mão-de-obra são um problema recorrente em toda parte. As empresas rebaixam os preços para ganharem as licitações e quem termina “pagando o pato”, são os trabalhadores, pois os donos das empresas não querem perder o seu lucro e terminam sacrificando os empregados, com atrasos de salário, de férias, de décimo terceiro e assim por diante. Isto é muito comum em empresas de vigilância e conservação. João Azevedo diz que está pagando em dia, mas há casos em que o atraso é provocado pelo próprio órgão público. O INSS era “useiro e vezeiro” nisso e quebrou muitas empresas. Que antes de quebrar massacravam os trabalhadores com os atrasos dos seus rendimentos. Outra situação que encontramos inclusive em fiscalização foi a de empresas que ganham contratos para fazerem obras públicas e têm que pagar as comissões dos políticos que conseguiram as verbas e terminam ficando com dinheiro insuficiente para pagar os seus trabalhadores. Em nota distribuída à imprensa a empresa tenta justificar o atraso de pagamento da remuneração a problemas na folha de pagamento. Mas não apresentou justificativa para os outros problemas. Segunda parcela do décimo terceiro devia ter sido paga antes da folha mensal (até 20 de dezembro) e a concessão de férias coletivas tem que ser feita antecipadamente, de acordo com a legislação (no mínimo quinze dias antes da concessão). (LGLM)