Ouvido pelo jornalista Higo de Figueirêdo, da Rádio Espinharas FM, o presidente da Colônia de Pescadores Z-40, Itamar Targino, reforçou a proibição da pesca em açudes públicos, durante o vigor do período de defeso, quando acontece a reprodução dos peixes na região.
Itamar disse que a proibição entrou em vigor em 1 de dezembro do ano passado, e se estende até 28 de fevereiro deste ano. Ele alertou pescadores profissionais e amadores a respeitarem a proibição, sob pena de responder criminalmente pela prática.
“Todo mundo sabe que está proibido. Nós da colônia de pescadores, fizemos comunicado, orientamos o pessoal, esclarecemos sobre os procedimentos, que não pode nesse período, pra que o pessoal fique orientado e não tenha nenhum tipo de represália futuramente, se é visto pescadores cometendo o delito, cada um seja responsável pelos seus atos”, disse o representante dos pescadores.
Ele lembrou que os três meses sem pesca tem por objetivo melhorar a oferta do pescado nos mananciais, fato que irá permitir uma melhor fonte de renda para pescadores profissionais, bem como a facilidade de encontrar o produto por pessoas que praticam a pesca de forma amadora.
Comentário nosso
O pescador tem que se conscientizar de que se ele não respeita o defeso, os peixes não vão se reproduzir e no futuro ele vai passar fome porque não tem peixe para pescar. O complexo Coremas/Mãe Dágua já foi o maior campo de pesca da região e hoje está quase esgotado por conta da irresponsabilidade dos pescadores. E dois procedimentos praticamente dizimaram um reservatório que há cinquenta anos atrás de peixes de mais de cem quilos. Um dos procedimentos foi o desrespeito ao defeso, outro foi a pesca com malhas inferiores ao permitido para determinadas espécies de peixes. E desrespeito ao defeso impediu a reprodução e a utilização de malhas estreitas foi dizimando os filhotes até praticamente dizimarem toda a população de peixes do complexo. E uma atividade altamente rendosa, que sustentava centenas de familias foi praticamente tornada impraticável. E além de Jatobá, Farinha e Capoeiras, muitos outros reservatórios da região têm sido prejudicados pela desobediência ao período de defeso. Revoltados com um período de três meses anuais de defeso terminam ficando sem condições de uma pesca rentável o resto do ano. (LGLM)