(José Romildo Sousa, Escritor, poeta, historiador e consultor cultural, no Facebook, em 15/02/2024)
Segundo o maestro Queiroz, a ideia de se fundar em Patos um Bloco de Orquestra começou a ser articulado no ano de 2003, quando ele e os amigos Israel e Danilo discutiam sobre a quantidade de músicos que ficavam parados – sem trabalho – na época do carnaval da Morada do Sol. Mesmo a cidade tendo vários blocos tradicionais, a exemplo do Baicora, Sapateiros e Jatobeleza – analisavam eles naquela oportunidade – nenhum deles é acompanhado por uma orquestra de frevo, mas sim por trios elétricos, principalmente vindo de outras localidades.
Diante desta constatação foi sendo amadurecido a ideia de se criar um novo bloco que se espelhasse também no resgate dos antigos carnavais, levando para a avenida as palhetas, os metais e a percussão.
A semente estava plantada com o encontro dos três comprometidos músicos que passaram logo a socializar a ideia que foi bem aceita pelos companheiros e, depois de várias conversas, escolheram o nome de “Bloco Lá Vem Zé da Trompa”, numa homenagem muito especial a José Francisco Fernandes que, participou efetivamente da Filarmônica Municipal 26 de Julho, que foi ainda o autor da iniciativa de criação da Banda de Música 24 de Outubro, formada por jovens da comunidade patoense.
O Bloco Lá Vem Zé da Trompa desfilou pela primeira vez em 15 de março de 2004, tendo como porta-bandeira Nego Zuza. Saiu da sede da Filarmônica 26 de Julho composta de 28 componentes, sendo: 05 sax-alto, 03 trombones, 11 trompetes, 03 tubas, 06 percussões e a participavam de vários artistas e o pessoal da 26 de julho.
Neste ano de 2024, a chuva fina que caiu na noite desta sexta-feira, dia 09 de fevereiro, deixou ainda mais animados os componentes do bloco “Lá vêm Zé da Trompa” e também os dos “Imprensados” que se reuniram para abrir o tradicional carnaval com caminhada pelas principais ruas do centro de Patos.
Era por volta das 21h quando a concentração deixou a Praça do Colégio Estadual Mons. Vieira e seguiu com entoando suas machinhas pelas avenidas da Motada do Sol. Outra novidade da noite foi a presença dos Papangus de Taperoá que vieram a Patos para se somar ao carnaval que resgatou a tradição da folia de rua.
Quatros momentos importantes registram ainda o carnaval tradição realizado na cidade de Patos envolvendo as entidades carnavalescas já citadas: o “Acorda Zé da Trompa”, que tem a sua concentração às 20hs na Concha Acústica Nilson Batista e sai percorrendo as principais ruas do Centro Histórico da cidade; o Bloco “Lá Vem Zé da Trompa”, que anima os foliões na concentração às 18hs, na rua Alto Casteliano, por trás da Igreja de Santo Antônio, tendo a coordenação musical da “Orquestra Amantes da Lira” sob a batuta do Maestro Queiroz, que arrasta muitos foliões, a Mostra Patoense de Músicas Carnavalescas, promovido pela Fundação Ernani Sátyro, que cultiva as antigas marchinhas e frevos que fizeram sucesso nos carnavais antigos, numa parceria com a Orquestra Amantes da Lira. E agora o Bloco “OS IMPRENSADOS” que neste ano reuniu uma grande quantidade de profissionais da comunicação.
Após a caminhada com muito frevo da Orquestra Amantes da Lira, com músicos que integram a Filarmônica 26 de Julho, seguiu até chegar no largo do Bar Baicora, Centro Histórico, onde uma estrutura de som e palco se encontrava instalado onde a festa transcorreu até por volta da meia noite.
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MESMO TERMINADO O CARNAVAL VAMOS CONTINUAR COM
A EXPOSIÇÃO QUE REGISTRA OS ANTIGOS FESTEJOS DE MOMO.