(Jozivan Antero – Polêmica Patos, em 11/03/2024)
Há vários meses, a falta de medicamentos psicotrópicos vem causando reclamação de usuários que dependem da Farmácia Básica do Município de Patos. As medicações são fundamentais para evitar surtos psicóticos, convulsões, desmaios e servem para evitar crises de ansiedade e tratar depressão, dentre outros problemas de saúde.
A senhora Maria da Conceição Araújo Costa, residente no Bairro Novo Horizonte, em Patos, faz uso de duas medicações psicotrópicas que estão faltando na Farmácia Básica do Município de Patos. Dalha, como é mais conhecida, recebe R$ 600,00 do Bolsa Família e mora com dois sobrinhos adolescentes.
A dona de casa tem depressão e depende da medicação fornecida pela Farmácia Popular, mas vem tomando as medicações com irregularidade. Ela relatou que uma filha conseguiu a medicação com uma mulher que usa a mesma medicação em Cajazeiras, porém, os remédios acabaram e ela não tem dinheiro para comprar.
O senhor Francisco de Assis Quirino, residente no Bairro Belo Horizonte, vem reclamando com frequência da falta da medicação Carbolitium que tem como base o carbonato de lítio. O popular Chicão chegou a falar com o prefeito de Patos que prometeu solução, mas ainda não foi solucionada a falta da medicação na Farmácia Básica.
A reportagem fez contato com o secretário de Saúde do Município de Patos. Leônidas Dias relatou que tem buscado solução para o problema e que as mudanças na Lei 14.133/2021 (Lei das Licitações) criou muitas dificuldades. Leônidas ressaltou que vem tentando realizar as compras com o setor de licitação e a Secretaria de Administração do Município.
A dona de casa pode ser contatada pelo telefone 83 9 9890 6178
Comentário nosso
Esse problema dos remédios controlados pode não ser devido apenas ao problema de licitação de que fala o Secretário de Saúde. O problema pode ser mais sério. Uma irmã minha, psiquiatra, há uns vinte anos ficou escandalizada quando descobriu que nos postos de saúde os médicos chegavam a deixar as autorizações para aquisição de medicamentos controlados já assinadas e as enfermeiras eram quem preenchiam o formulário e entregavam aos pretensos pacientes. E segundo soube na época tinha gente que pegava alguns medicamentos para vender a viciados ou pessoas que não tinham a consulta médica. Esta falta dos medicamentos pode ser ligada ao descontrole no fornecimento das autorizações, única forma de controlar os estoques. Seria interessante que o Secretário verificasse se há um controle sobre isso. O mesmo problema pode estar acontecendo com outros medicamentos. Tem que haver um controle sobre o fornecimento para que se faça um controle nos estoques e nas compras, para os medicamentos não virem a faltar como está acontecendo. (LGLM)