(Misael Nóbrega de Sousa, na sexta-feira, 15/03/2024, no Notícias da Manhã, da Espinharas FB)
Prefeitura não é palco de servidão; é casa de horrores. Nada ali pode ser planejado se não for para alimentar o poder: conchavos; tráfico de influência; troca de favores; acomodação de fornecedores; licitações facilitadas para favorecer patrocinadores de campanha; aliciamento de adversários políticos com cargos sendo colocados a disposição… São pautas vicejantes dos paços Municipais.
E, assim, segue: imóveis são locados de amigos menos ambiciosos, mas que de alguma forma, ajudaram no “projeto político”; os chamados de “excepcional interesse” são preenchidos com os entregadores de santinhos… A campanha política nunca acaba.
Feito isso, a máquina pública precisa, então, de uma provocação para ser alimentada: cobrança de novos impostos; reforma e ampliação dos equipamentos públicos; venda da folha, emendas de deputados caseiros, são exemplos do quanto mais se entra mais se tira.
Um esquema profissional é montado e que tem na escolha do secretariado um capítulo importante. E ninguém é para ser competente ou capaz. Esses assistentes servem para encobrir os desmandos do prefeito, assumindo o ônus da administração pública. Estão longe de ser “homens sábios, escolhidos como conselheiros, e com a inteira liberdade para falar a verdade”.
O povo é constantemente observado para que receba os benefícios na dosagem certa: um controle maquiavélico que existe desde antigamente – “O bem se faz aos poucos”. Isso é tirania! Os conselhos municipais são, em sua maioria, fiscalizadores de coisa alguma; por serem paritários, assumem a forma de apenas existir. O que fazem é respaldar esse descalabro. Salvo raríssimas exceções.
Prefeitura não é palco de servidão; é casa de horrores. Reitero e finalizo.
Adendo nosso
O comentário de Misael é válido para todas as prefeituras, mas quanto maior o município mais horrores existem na sua prefeitura, e mais gente prejudicada por estes horrores. Tem prefeitura em que quase todo mundo come “no cocho do prefeito”, e tem prefeitura que ao cocho do prefeito muitos poucos tem acesso. Os outros passam necessidade. Você está comendo no “cocho do seu prefeito”? (LGLM)