(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 14/05/2024)
Ser político, na sua essência, é cuidar do bem-estar do povo a que serve. É uma missão. Mas os políticos, de modo geral, degradaram a função e passaram a fazer da política um meio de vida, que lhes garanta a sobrevivência política e o enriquecimento. Olhem para os nossos presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores. Na sua maioria não têm outra profissão, apenas a política. Muitos deles nunca exerceram outra profissão. Nasceram parasitas, sustentados por pais ricos, entraram na política e fizeram dela uma profissão. É comum prefeitos passarem quatro ou oito anos governando um município e depois botam um parente no seu lugar para continuar mandando na prefeitura. Enquanto isso vão gozar quatro anos com o que roubaram da prefeitura e se preparando para voltar daqui a quatro anos. Lembramos o caso de prefeito de uma pequena cidade da Grande Patos que dizia: “Depois que entrei no ramo de prefeitura, nunca mais me apertei”. Ainda tem parente dele no ramo de prefeitura até hoje.
Pare um pouco para analisar quem são os políticos que pretendem disputar as próximas eleições. Qual a sua profissão atual, que profissões exerceram na vida? Como estão pensando se eleger? Eles estão mostrando sua história de vida como evidência do que serão capazes de fazer como seu representante ou governante, ou estão gastando verdadeiras fortunas para se eleger? Se estão fazendo um investimento financeiro enorme na compra de votos, ao invés de mostrar uma história de vida digna como profissional e como cidadão, eles jamais serão bons políticos. Eles não passarão de mais um político profissional dos que fazem a miséria do Brasil atual.
Nosso Congresso está cheio de picaretas, que só pensam em conseguir emprego para seus cabos eleitorais e verbas parlamentares para comprar votos de governadores, prefeitos, vereadores e eleitores.
O seu voto, por humilde que você seja, é a mesma arma de que dispõe o rico, o doutor, o padre, o professor. Sem seu voto os políticos não se elegem. Por isso você deve valorizar o seu voto, votando, não naquele que lhe dá ou promete esmolas, mas naquele que tem realmente condições de trabalhar para que você tenha emprego, saúde e educação de qualidade, moradia, segurança, estradas transitáveis, melhores condições de vida. Aquele que fiscalize o prefeito para que ele não fique roubando o dinheiro do município que deveria estar servindo à população.
Se você estiver votando num “puxa-saco” que estará na cozinha do próximo prefeito, chaleirando e se aproveitando do cargo para se “arrumar”, você está fazendo papel de “besta”. O candidato que esteja lhe dando alguma esmola hoje, vai “mangar” de você amanhã. Ao invés de toda a população ser servida por um vereador atento ao que ocorre na sua cidade, você estará “engordando” mais um profissional da política, dos que fazem a desgraça do Brasil.
Pense bem, antes de votar. Procure saber quem tem sido na vida o seu futuro candidato e se ele tem capacidade de exercer a função para a qual se candidatou. Não vote pela “merreca” que ele lhe oferece, mas pelo trabalho digno como prefeito ou vereador que ele pode fazer no mandato, a serviço de todo a população.
Tivemos uma prova agora com Hugo Motta propondo um projeto que “ferrava” os trabalhadores para favorecer os banqueiros.