(Misael Nóbrega da Sousa, jornalista, professor e futuro vereador, em 14/05/2024)
O corruptível é a pior espécie de eleitor. Ao vender o voto, deixa o candidato desobrigado. E quando precisar, realmente, não será sequer recebido, pois não se deu ao respeito. A dívida já foi paga. E a moeda, a própria vergonha. O processo eleitoral é tão sério que deveria ser fiscalizado por Deus. A relação com a urna é um exercício de cidadania onde o eleitor tem a obrigação de fazer o certo, pois de sua decisão depende todos nós. Não é a política que está contaminada, são os políticos – porque você não se importa. A indignação devia começar na urna para que a justiça seja feita em favor da população. Os favores pessoais são mentirosos. Acontece que é através do dinheiro dos impostos que as políticas públicas são realizadas. Não é presente, é dever do Estado. Político não é pop Star, mas servidor público; recebe salário do povo. Não agradeça pelo que é seu. O recibo do voto é o trabalho e a honestidade. Não sendo assim, não vejo muita diferença entre QUEM VENDE e QUEM COMPRA o voto.
Comentário nosso
- A lei também não vê diferença. Tanto pune quem compra o voto, como quem vende, se o eleitor entregou o produto, ou seja, se votou em quem lhe pagou pelo voto. O ideal é seguir o conselho do saudoso Padre Levi: “Ferrar o boi e votar no padre”, ou seja em um bom candidato. Apesar de Aderbal ter sido um bom prefeito, quem “ferrou o boi” e não votou no padre terminou se arrependendo. Os chefes da maracutaia nunca mais ganharam uma eleição. (LGLM)