Qual a intenção do presidente Lula, ao querer novamente assumir o controle da Petrobras, mandar e desmandar na política de preços, na distribuição de dividendos extraordinários, na composição do conselho administrativo e nas próprias prioridades, inclusive de investimentos?
Por mais anunciada e esperada, a demissão de Jean Paulo Prates da presidência da Petrobras é daquelas decisões que desagradam ao mercado e a ambientalistas, a gregos e troianos, e tem múltiplas repercussões, nenhuma positiva. E peca, mais uma vez, por falta de senso de oportunidade. Bem no meio da dor, da tristeza, das perdas e do foco no Sul, que livraram Lula de falar besteiras sobre política externa.
Resumo do artigo feito por Inteligência Artificial (IA):
- O presidente Lula deseja retomar o controle da Petrobras, influenciando a política de preços e a distribuição de dividendos.
- A demissão de Jean Paulo Prates da presidência da Petrobras gerou reações negativas no mercado e entre ambientalistas.
- Há preocupações de que a intervenção de Lula possa reviver práticas problemáticas do passado, afetando a credibilidade e o valor de mercado da Petrobras.
- As decisões de Lula podem ter implicações significativas para sua carreira política e para o futuro da Petrobras.
Este resumo destaca as questões centrais abordadas no artigo, focando nas implicações das ações de Lula na liderança da Petrobras.
Pode até nem ser, mas tudo indica que a intenção de Lula ao trocar o comando da Petrobras é assumir o controle da maior, mais rica e mais simbólica companhia brasileira – e também a que mais fantasmas, ou cicatrizes, deixou no PT e em Lula. Com a mão pesada política, a Petrobras foi parar no fundo do poço contábil, econômico, de credibilidade, de imagem internacional. E, somando daqui, diminuindo dali, as perdas financeiras não foram “só” por causa da roubalheira de partidos embolados com executivos, mas pela contenção irreal dos preços. Irreal? Bem, política, populista.
No seu curto mandato, atropelado por Rodrigo Janot, os irmãos Batista, da JBS, e a acusação de “golpe”, Michel Temer chamou um especialista em crises, Pedro Parente, que já tinha coordenado a reação ao “apagão” no governo Fernando Henrique, para avaliar os danos e restaurar a Petrobras. Deu certo. Veio Bolsonaro e saiu demitindo um presidente atrás do outro da companhia. Vem Lula e vai no mesmo caminho.
Só neste ano, a Petrobras perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado, em março, após o represamento dos dividendos; recuperou com folga com a liberação de metade do valor total e a previsão de liberar a outra metade até dezembro; e voltou a perder R$ 34 bilhões agora, com a confirmação da demissão de Prates. Uma montanha russa, de altos e baixos, com curvas perigosas do passado assombrando o caminho do futuro.
A Refinaria Abreu e Lima e a empresa Sete Brasil, de construção de navios-sonda para o Pré-Sal morreram, muito antes de atingir suas metas, mas continuam insepultas, com prejuízos monumentais. Cada uma com seu fantasma de estimação na Lava Jato. O da Abreu e Lima é a Venezuela de Hugo Chávez. O da Sete Brasil, os fundos de pensão de estatais. É tudo isso que Lula quer reencarnar, aquecendo a memória da sociedade.
Sai Jean Paul Prates, do próprio PT, da área de energia, que calibrava bem o ainda necessário investimento em petróleo com a transição energética e as novas e futuras fontes limpas. Entra a ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Magda Chambriard, que tem duas alternativas: ou enfrentar tecnicamente os embates políticos e as pressões do próprio governo, com firmeza e sabendo dizer “não”, ou… fazer tudo que seu mestre mandar.
Voto previamente vencido e já enfrentando muitas frentes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou por passar longe do desfecho e os grandes vitoriosos na queda de Jean Paul Prates são o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, do PT. Mas quem de fato tomou a decisão foi Luiz Inácio Lula da Silva. Para fazer o quê com a Petrobras? Vamos ver…
Comentário nosso
Para alguns observadores, Lula pode estar aprofundando seu suicídio político e pode levar também o mais competitivo candidato que o PT poderia ter em 2026, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O Brasil de hoje está muito mais antenado do que o Brasil do segundo Governo Lula. E os formadores de opinião influem cada vez mais no eleitorado. Será o fim de Lula. Esperamos que junto com ele também seja enterrado o esquecível Bolsonaro. Já votei em Lula umas dez vezes, mas no caminho que vai só votarei no PT se o adversário de 2026 for Michele, a falsa crente, veículo da ventriloquia de Bolsonaro. (LGLM)